Treinadores brasileiros voltam a ganhar espaço e ocupar os principais cargos
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A contratação de treinadores estrangeiros no Brasil não foi um simples acaso: a procura foi claramente por algo novo, que pudesse sacudir o mercado de técnicos e acabar de vez com a famosa dança de cadeiras, onde os mesmos profissionais estavam sempre ocupando as vagas nas grandes equipes, em um vai e volta sem fim.
A chamada “moda” de técnicos estrangeiros teve grande avanço após a chegada de Jorge Sampaoli ao Santos no começo de 2019 e de Jorge Jesus ao Flamengo no mesmo ano.
Com resultados fantásticos e um futebol que enchia os olhos, outros clubes começaram desesperadamente a correr atrás de técnicos de fora. Alguns se deram bem. Outros nem tanto.
Depois de Jesus e Sampaoli, o grande vencedor foi o Palmeiras com Abel Ferreira, conquistando duas Libertadores, uma Copa do Brasil e sendo grande favorito à conquista do Campeonato Brasileiro. Esse ano o Palmeiras foi eliminado das duas competições, mas é líder do Campeonato Brasileiro. Embora triste por não conseguir o tri consecutivo da América, a torcida do Palmeiras, está esperançosa para ganhar esse título que ainda não conquistou sobre a batuta de Abel Ferreira. Se você acha que o Palmeiras vai garantir o título, ou que algum outro time ainda tem chance de buscar o alviverde aproveite o bet365 oferta e dê o seu palpite
Isso não quer dizer que nossos técnicos sejam incapazes, mas uma grande parte deles, com currículos repletos de títulos e altos salários nunca procuraram se modernizar, nem mesmo se aprimorar através dos cursos oferecidos pelas entidades do futebol. Houve uma evidente acomodação. O resultado de tudo isso foi que importantes técnicos nacionais experimentaram pela primeira vez em suas vidas o desemprego.
Entretanto, com toda ação há uma reação. Com a chegada dos estrangeiros muitos de nossos técnicos ao invés de se aprimorarem preferiram o caminho do corporativismo, se esquecendo inclusive dos anos que passaram no exterior ocupando a vaga de técnicos locais e ganhando verdadeiras fortunas.
Outros começaram a se adaptar e ter bons resultados. O ano de 2022 pode representar uma volta dos treinadores “cascudos”. Felipão que o diga.
Estrangeiros foram um avanço
A entrada de treinadores de fora em nosso mercado é de extrema importância para que haja uma troca de conhecimento e modernização na maneira de se praticar o futebol.
Basta ver o ocorrido nas grandes ligas europeias, onde a participação de técnicos das mais variadas nacionalidades melhorou o futebol com grandes novidades e novos conceitos. O alemão Jurgen Klopp, o espanhol Pep Guardiola e o português José Mourinho, só para citar três nomes, fizeram bem ao futebol inglês, por exemplo.
O mesmo dá para dizer no futebol brasileiro. O goleiro saber sair com os pés, a pressão na saída de bola, o fim do volante brucutu e do atacante que só empurra bola para dentro são ideias que até podiam existir no Brasil já, mas que avançaram muito nos últimos anos.
A volta dos que nunca foram
Apesar do grande desembarque de técnicos estrangeiros no futebol brasileiro, alguns dos nossos grandes técnicos voltaram a ter lugar de destaque novamente.
Dorival Junior saiu do Athletico em 2020 com o título de campeão estadual daquele ano, mas sem ter uma grande passagem, passou pelo Ceará em 2022 e depois de ocupar o cargo por pouco mais de 2 meses se transferiu para o Flamengo. Agora está na final da Libertadores, tendo resgatado o futebol de muitos atletas rubro-negros.
Mas o grande nome dessa ressurgência sem dúvidas é Felipão. Depois da Copa de 2014, o técnico do pentacampeonato teve que lutar contra a pecha de ultrapassado e mesmo sem propor um futebol inspirador, levou o título brasileiro com o Palmeiras em 2018 e eliminou o próprio alviverde e Abel Ferreira na Libertadores de 2022, chegando à final da competição pela quarta vez.
O Internacional, treinado por Mano Menezes, que havia sido demitido do Al Nassr da Arábia Saudita faz boa campanha no Brasileirão. Antes o Inter teve passagens trágicas de treinadores de fora. Cuca é o atual campeão brasileiro e da Copa do Brasil. Fernando Diniz está fazendo excelente trabalho no Fluminense. E a seleção brasileira é favorita para a conquista da Copa do Mundo com Tite no comando.
Muitos comentavam que os técnicos nacionais não tinham estabilidade para trabalhar como tem os estrangeiros e com três ou quatro derrotas já eram dispensados. Mas infelizmente essa instabilidade que existia continua com os técnicos estrangeiros, prova disso é que 10 começaram o Brasileirão e apenas metade resiste hoje.
Ou seja, ainda temos muito a avançar, mas com certeza os treinadores estrangeiros são um catalisador para nosso futebol, inclusive para acender a competitividade dos nossos técnicos. O futebol só tem a ganhar.
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