Por que as pessoas dão 'choques'?



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Por trás da situação comum tem uma explicação científica.

Por que as pessoas dão 'choques'?

 Por vezes, quando alguém encosta em um objeto ou em outra pessoa pode ter uma sensação parecida como a de levar um choque elétrico. Para essa situação comum, há uma explicação científica que pode ajudar a entender um pouco mais sobre os conceitos da Física na prática.

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A descoberta da existência de materiais condutores e isolantes é atribuída ao cientista inglês Stephen Gray (1666-1736) que dedicou seus estudos às áreas da Física e da Astronomia.

Gray identificou que é possível a transferência de carga elétrica entre corpos, sendo que alguns podem apresentar maior facilidade para esse processo, enquanto outros não. Os corpos condutores são aqueles que movimentam cargas com facilidade e, por isso, possuem maior capacidade de gerar corrente elétrica. Já os isolantes não têm essa característica.

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O processo de transferência de cargas elétricas entre um corpo e outro por aproximação, é chamado de indução eletrostática. Trata-se de um fenômeno da Física capaz de explicar diferentes situações cotidianas, como a formação de um raio entre duas nuvens carregadas e o funcionamento dos carregadores de celular sem fio.

Mas e a sensação de choque?

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É também o princípio da indução eletrostática que explica a sensação de choque que uma pessoa pode sentir ao encostar em outra ou em algum objeto. Isto ocorre porque o corpo humano é considerado um condutor de eletricidade, ou seja, há a movimentação de cargas, denominadas elétrons, que permitem a passagem de corrente elétrica.

Desta forma, pode ocorrer transmissão de cargas quando há o contato. Segundo especialistas, o fenômeno é mais comum em dias frios e secos, quando pode ocorrer um acúmulo de elétrons.

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Assim, a sensação de choque pode se dar ao encostar no braço de outra pessoa ou tocar em materiais, como uma maçaneta ou a porta do carro. No entanto, especialistas alertam que não há com o que se preocupar, pois a intensidade do “choque” é baixa.

A trajetória de Gray

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A trajetória de Stephen Gray desperta o interesse de muitos pesquisadores ainda nos dias de hoje. Embora as suas contribuições sejam relevantes para a humanidade, seu nome é pouco mencionado na História. Por isso, estudiosos têm unido esforços para dar visibilidade à biografia e ao trabalho do cientista inglês.

A obra de Gray é dividida em três períodos. Na primeira fase, entre 1696 e 1706, traz contribuições para a Astronomia, além de trabalhos sobre instrumentação científica e óptica.

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No segundo período, compreendido entre 1706 e 1731, além dos estudos astronômicos, há o ingresso na temática da eletricidade. Já a última fase, de 1731 até 1736, apresenta um volume maior de informações sobre os estudos da eletricidade, enquanto a Astronomia aparece em menor número de publicações.

De acordo com pesquisadores, o trabalho de Gray já chamava a atenção pela engenhosidade e a realização de experimentos que tentavam apresentar a aplicação prática da teoria.

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Além da descoberta da indução eletrostática e da definição dos conceitos de corpos condutores e isolantes, Stephen Gray fez observações precisas sobre as manchas solares e também sobre os eclipses do sol e da lua.

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