O Boom do Design em Portugal
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Portugal é hoje um país que, apesar de se localizar na ponta mais oeste da Europa e da sua proximidade aos EUA, está normalmente uns anos atrás nas curvas dos “booms”. Em parte pela sua população maioritariamente envelhecida, mas também por um sistema económico-social mediano, sem grandes investimentos em infra-estructuras que o permitam estar na vanguarda.
Mas houve uma altura em que era a entrada para a Europa - no que toca à arte, principalmente. No entanto, e ainda que seja um país com um enorme respeito pelas artes e com artistas mundialmente reconhecidos, certas tendências demoram a solidificar-se na nossa tela portuguesa. Ainda assim, após solidificadas, a história muda um pouco. Com filhos e netos de pessoas apaixonadas pelo fado e por emoções fortes, a arte em Portugal é algo que não só se vê, se cheira e se prova, mas também se sente, de todas as formas possíveis. É por isso que, quando falamos de design em Portugal, sabemos que há qualidade aliada a esse argumento - uma qualidade inerente ao nosso espírito lusitano.
O Design Português
O Design é arte. Hoje em dia a palavra perdeu um pouco da sua generalidade e ambiguidade e foca-se essencialmente nas artes gráficas, como o design gráfico. Este design pode ter muitos objectivos, ainda que o panorama empresarial e comunicativo português possa dar graças de um deles ser a capacidade que ele tem de mostrar ao mundo identidades muito pessoais e, assim, aumentar a confiança e os rendimentos.
O “Boom”
É difícil precisar uma altura que foi a causa do efeito. Aliás, é até algo erróneo referirmo-nos a esta mudança como um “Boom”. O causador de um crescimento constante da importância do Design em Portugal começou como uma maneira de conseguirmos não só preservar o que é nosso, mas mostrá-lo ao mundo. Os azulejos, as calçadas portuguesas, os sapatos e os bordados foram o início, mas não bastou muito tempo após o “boom” mundial para Portugal atacar também todas as outras indústrias mais modernas, como design gráfico, web design e motion graphics.
Com um mercado saturado de freelancers, começou-se a notar uma tendência - jovens designers, com anos de experiência como freelancers, juntaram-se e criaram novas agências, de forma a conseguirem aumentar o seu alcance e crescer de uma forma mais exponencial. Daí nasceram empresas como a DEMARCA, situada na Beira Interior, a ONYA, no Norte ou até a NOVA, em Lisboa. Basta vermos o que o presidente da Associação Portuguesa de Designers disse em 2012, para percebermos de onde veio esta tendência: há 22.000 designers em Portugal, muitos deles a trabalhar como freelancers. Pode-se verificar a mesma situação no Brasil, ainda mais nestes últimos anos. Este número tem vindo a aumentar, já que o mercado brasileiro tem também entendido a importância que o design tem no crescimento e na solidificação de uma empresa.
A Atualidade
Como mencionámos anteriormente, há muita qualidade a ser feita no que toca ao design em Portugal. Há uma certa amálgama de juventude e experiência que junta o melhor dos dois mundos - a irreverência do agora e a elegância do passado. O design português destaca-se por isso mesmo. A intemporalidade das linhas e os píxeis do futuro. É possível dar vida à arte, a partir destes dois mundos distantes, e se há um sítio para ver este evento maravilhoso, é em Portugal.
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