Inflação do governo atual pode afetar vendas de eletrodomésticos e eletrônicos
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Os eletrodomésticos e os eletrônicos permaneceram entre os produtos mais procurados durante toda a pandemia. Com os brasileiros passando muito mais tempo em casa, alguns itens do gênero passaram a ser prioridade, tanto para necessidades domésticas, como para entretenimento. Porém, a crise financeira atual e o alto índice de inflação, principalmente no preço da energia elétrica, tende a diminuir a procura por tais objetos e abalar estes segmentos que não foram tão afetados pelo coronavírus.
Hoje em dia, a grande prioridade é a alimentação, que vem tomando uma porcentagem cada vez maior da renda dos brasileiros. Com isso, os equipamentos eletrônicos e os eletrodomésticos novos se tornaram artigos difíceis de obter para grande parte da população. As consequências desse movimento são devastadoras: várias fábricas de eletrônicos fechando por todo o país.
Recentemente, a Panasonic anunciou que interromperá a produção de televisores e aparelhos de áudio no Brasil, deixando 130 pessoas desempregadas. Em setembro do ano passado, a Sony fez o mesmo, mas com um impacto ainda maior. Entre os equipamentos descontinuados pela produção nacional, além das TVs, estão vários necessários para os profissionais do audiovisual, como as câmeras profissionais, as filmadoras e os projetores.O aumento no preço da energia elétrica é outro fator decisivo para que os brasileiros pensem duas vezes antes de adquirir um eletrodoméstico. Um exemplo é o aquecedor, que sempre é procurado durante o período de frio e foi bastante requisitado em 2021 por conta das diversas ondas de baixas temperaturas por todo o território nacional. Mesmo parecendo um equipamento simples, a utilização dele por apenas 4 horas por dia durante 15 dias pode significar um gasto de R$133,26 na conta de luz, considerando as tarifas da bandeira vermelha. Enquanto isso, o ministro Paulo Guedes comemora o alto consumo de energia por parte da população.
Mesmo com o segmento dos eletrônicos se encaminhando para uma crise no Brasil por conta da conjuntura atual, o presidente Jair Bolsonaro ainda foca em agradar seus seguidores e recuperar uma base de apoio que já perdeu há um bom tempo: a dos gamers. Muitos influenciadores deste ramo apoiaram sua eleição em 2018, mas com o tempo passaram a perceber os erros do governo e alertar os seguidores, que são jovens, em grande maioria. Para tentar amenizar a situação, o presidente já reduziu os impostos de importação para consoles e acessórios três vezes, em uma medida que tende a prejudicar o comércio e a produção nacional. A medida tem tudo para agradar seu filho mais novo, um entusiasta dos jogos, mas significará um rombo na arrecadação de R$82,9 milhões apenas em 2021.
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