Como bater (e como pegar) um pênalti

(Foto: Pixabay)


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A recente decisão por pênaltis da Supercopa do Brasil, entre Flamengo e Atlético Mineiro, mostrou como esse tipo de disputa pode ser emocionante e como ela está longe de ser uma loteria, tal como propõem alguns. 

Na realidade ficou claro como cada vez mais goleiros e artilheiros têm se preparado para, respectivamente, defender e converter as cobranças e como atualmente nos grandes clubes há uma equipe de analistas e treinadores especializados em preparar os atletas. Os dois lados se estudam, ainda mais antes de um jogo decisivo, em que os pênaltis são uma possibilidade concreta.

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Mas há um terceiro grupo que também está permanentemente atento àquilo que fazem os jogadores: os adeptos das apostas esportivas. Hoje em dia é possível fazer uma aposta esportiva online, prognosticando os resultados finais das partidas ou do campeonato em si, em modalidades como futebol, basquete e tênis. 

Além disso, também é possível apostar ao vivo, enquanto as partidas acontecem, em acontecimentos específicos como qual time marcará o próximo gol. Por isso, saber como um camisa 9 bate um pênalti – ou como o camisa 1 defende - pode ser a informação necessária para cravar um bom palpite.

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Para apostadores ou para aqueles que são apenas fãs do esporte, algumas considerações de como bater, e como pegar, um pênalti.

Técnica do deslocamento

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Muitos jogadores de peso costumam usar a técnica do deslocamento. Ela consiste em olhar para o goleiro durante a corrida (não muito rápida) até a bola. No caminho, tenta perceber algum leve movimento do goleiro em direção a qualquer um dos lados. Ao perceber que o equilíbrio do goleiro já está comprometido, o chutador só tem o trabalho de girar o pé e empurrar a bola para o outro lado. 

A técnica pode ser tão eficiente em relação a um goleiro que mesmo sendo um chute fraco, nem tão ao canto, a bola entra, pois o atleta já se precipitou para o lado oposto e não têm chances de retornar.

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Um bom goleiro, porém, não se antecipa. Ele espera até o último segundo para começar a se mover. O atacante, ao chegar na bola, não terá a dica de qual lado escolher – mas terá que escolher um, já que ‘paradinhas’ não são permitidas. 

Geralmente a escolha é o lado cruzado, oposto à perna do chute, que permite um arremate mais forte, mesmo com uma corrida de baixa velocidade. Um goleiro estudioso sabe disso, e vai usar toda sua explosão muscular para saltar nessa direção.

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Técnica Panenka

A cobrança com “cavadinha” na Europa tem o nome de Panenka, em homenagem ao jogador tcheco que a utilizou pela primeira vez, na final a Eurocopa de 1976. Essa técnica é muito efetiva para uma cobrança derradeira na qual o time do batedor esteja em vantagem. 

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Assim como a técnica do deslocamento, para funcionar ela conta com a ansiedade do goleiro, que precisa defender o chute. A Panenka perfeita ilude o goleiro, sugerindo uma cobrança forte em um canto (geralmente o cruzado) e, com o salto do arqueiro, basta colocar a bola no meio do gol, com um pouco de altura para evitar uma defesa com o pé.

A Panenka surpreendeu o goleiro alemão em 76, mas quase quatro décadas depois a cavadinha não é mais uma surpresa tão grande, de forma que o seu uso contra goleiros experientes já rendeu arrependimentos para diversos cobradores de pênaltis.

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Como bater (e como pegar) um pênalti

Técnica da variação

Em um mundo em que todos se estudam, a melhor técnica talvez seja variar o tipo de chute a cada cobrança. De fato, os batedores mais bem sucedidos têm habilidade para bater dos dois lados, rasteiro ou alto, e para fazer uma cavadinha de vez em quando. Raphael Veiga é um bom exemplode cobrador com variação e o jogador mantém números impressionantes.

Para o goleiro, as melhores chances de defender se encontram no método consagrado por Dida. Ele nunca se mexia antes de ver para onde o chute estava indo e usando sua grande envergadura e excelente impulsão, saltava sempre em direção à bola. Se o arremate fosse um pouco para o centro ou um pouco fraco, ele conseguia pegar.

Muita técnica envolvida para cobrar e defender pênaltis

Como esse breve estudo mostrou, o sucesso de goleiros e artilheiros tem base em estudo, porém no final nada substitui a união de talento com treino. Porque não basta apenas saber o que tem que ser feito, mas também fazê-lo bem.

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