Como bater (e como pegar) um pênalti
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A recente decisão por pênaltis da Supercopa do Brasil, entre Flamengo e Atlético Mineiro, mostrou como esse tipo de disputa pode ser emocionante e como ela está longe de ser uma loteria, tal como propõem alguns.
Na realidade ficou claro como cada vez mais goleiros e artilheiros têm se preparado para, respectivamente, defender e converter as cobranças e como atualmente nos grandes clubes há uma equipe de analistas e treinadores especializados em preparar os atletas. Os dois lados se estudam, ainda mais antes de um jogo decisivo, em que os pênaltis são uma possibilidade concreta.
Mas há um terceiro grupo que também está permanentemente atento àquilo que fazem os jogadores: os adeptos das apostas esportivas. Hoje em dia é possível fazer uma aposta esportiva online, prognosticando os resultados finais das partidas ou do campeonato em si, em modalidades como futebol, basquete e tênis.
Além disso, também é possível apostar ao vivo, enquanto as partidas acontecem, em acontecimentos específicos como qual time marcará o próximo gol. Por isso, saber como um camisa 9 bate um pênalti – ou como o camisa 1 defende - pode ser a informação necessária para cravar um bom palpite.
Para apostadores ou para aqueles que são apenas fãs do esporte, algumas considerações de como bater, e como pegar, um pênalti.
Técnica do deslocamento
Muitos jogadores de peso costumam usar a técnica do deslocamento. Ela consiste em olhar para o goleiro durante a corrida (não muito rápida) até a bola. No caminho, tenta perceber algum leve movimento do goleiro em direção a qualquer um dos lados. Ao perceber que o equilíbrio do goleiro já está comprometido, o chutador só tem o trabalho de girar o pé e empurrar a bola para o outro lado.
A técnica pode ser tão eficiente em relação a um goleiro que mesmo sendo um chute fraco, nem tão ao canto, a bola entra, pois o atleta já se precipitou para o lado oposto e não têm chances de retornar.
Um bom goleiro, porém, não se antecipa. Ele espera até o último segundo para começar a se mover. O atacante, ao chegar na bola, não terá a dica de qual lado escolher – mas terá que escolher um, já que ‘paradinhas’ não são permitidas.
Geralmente a escolha é o lado cruzado, oposto à perna do chute, que permite um arremate mais forte, mesmo com uma corrida de baixa velocidade. Um goleiro estudioso sabe disso, e vai usar toda sua explosão muscular para saltar nessa direção.
Técnica Panenka
A cobrança com “cavadinha” na Europa tem o nome de Panenka, em homenagem ao jogador tcheco que a utilizou pela primeira vez, na final a Eurocopa de 1976. Essa técnica é muito efetiva para uma cobrança derradeira na qual o time do batedor esteja em vantagem.
Assim como a técnica do deslocamento, para funcionar ela conta com a ansiedade do goleiro, que precisa defender o chute. A Panenka perfeita ilude o goleiro, sugerindo uma cobrança forte em um canto (geralmente o cruzado) e, com o salto do arqueiro, basta colocar a bola no meio do gol, com um pouco de altura para evitar uma defesa com o pé.
A Panenka surpreendeu o goleiro alemão em 76, mas quase quatro décadas depois a cavadinha não é mais uma surpresa tão grande, de forma que o seu uso contra goleiros experientes já rendeu arrependimentos para diversos cobradores de pênaltis.
Técnica da variação
Em um mundo em que todos se estudam, a melhor técnica talvez seja variar o tipo de chute a cada cobrança. De fato, os batedores mais bem sucedidos têm habilidade para bater dos dois lados, rasteiro ou alto, e para fazer uma cavadinha de vez em quando. Raphael Veiga é um bom exemplode cobrador com variação e o jogador mantém números impressionantes.
Para o goleiro, as melhores chances de defender se encontram no método consagrado por Dida. Ele nunca se mexia antes de ver para onde o chute estava indo e usando sua grande envergadura e excelente impulsão, saltava sempre em direção à bola. Se o arremate fosse um pouco para o centro ou um pouco fraco, ele conseguia pegar.
Muita técnica envolvida para cobrar e defender pênaltis
Como esse breve estudo mostrou, o sucesso de goleiros e artilheiros tem base em estudo, porém no final nada substitui a união de talento com treino. Porque não basta apenas saber o que tem que ser feito, mas também fazê-lo bem.
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