Viagem a Júpiter. Suas nuvens formam pinturas abstratas

O Universo é maravilhoso! Com suas constantes tempestades e gigantescas turbulências atmosféricas, as fotos de Júpiter tiradas pela sonda Juno mais parecem obras de arte de algum pintor apaixonado pelas cores e nervuras dos mármores. Com um vídeo em time-lapse, ao final.

O Universo é maravilhoso! Com suas constantes tempestades e gigantescas turbulências atmosféricas, as fotos de Júpiter tiradas pela sonda Juno mais parecem obras de arte de algum pintor apaixonado pelas cores e nervuras dos mármores. Com um vídeo em time-lapse, ao final.
O Universo é maravilhoso! Com suas constantes tempestades e gigantescas turbulências atmosféricas, as fotos de Júpiter tiradas pela sonda Juno mais parecem obras de arte de algum pintor apaixonado pelas cores e nervuras dos mármores. Com um vídeo em time-lapse, ao final. (Foto: Luis Pellegrini)


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Por: Equipe Oásis

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Fotos: NASA, feitas pela sonda Juno

As maravilhas visuais não existem apenas na superfície do planeta Terra. Indo mais além, mas sempre no interior do Sistema Solar, chegamos ao gigante gasoso Júpiter. O último peri-Júpiter efetuado pela sonda Juno (o momento de máxima aproximação orbital a esse planeta) ocorreu no dia 1o de setembro e possibilitou a obtenção de fotografias de rara beleza. Algumas delas podem ser vistas na galeria abaixo.

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Uma vez a cada 53 dias a órbita da sonda Juno, lançada em 2011 nas proximidades de Júpiter, atinge o seu ponto de máxima aproximação, acima das nuvens mais externas do planeta gigante. Essa situação se chama flyby, e a última vez que isso aconteceu foi na sexta-feira, 1O de setembro. Juno chegou a apenas 3.500 quilômetros do estrato mais elevado das nuvens que recobrem Júpiter. As fotos que Juno enviou são belíssimas e surpreendentes.

 

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Protagonistas absolutas são as faixas de nuvens jupiterianas, associadas a fenômenos de borrascas e alternadas com tempestades na alta atmosfera. Estas últimas aparecem nas imagens como grandes manchas brancas.

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As faixas e as diferentes áreas de Júpiter (respectivamente as faixas horizontais mais escuras e mais claras, nas quais estão organizados os sistemas de nuvens do planeta) mudam periodicamente as tonalidades, segundo a composição atmosféricas e a espessura.

 

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As nuvens de Júpiter são compostas prevalentemente de cristais congelados de amoníaco, hidrossulfuroso de amônia e água.

 

Esta foto faz parte de uma série cujo grande mérito é ressaltar e por em evidência as perturbações atmosféricas que circundam o planeta, que surge como uma gigantesca esfera marmórea.

 

A sombra de uma das luas de Júpiter: parece ser apenas uma pequena mancha no manto nublado do gigante gasoso.

 

Um exemplo do que se pode obter trabalhando as fotos em formato “raw”(ou seja, imagens brutas) tiradas pela JunoCam.

 

Durante esses flyby, Juno está programa para explorar o manto de nuvens de Júpiter para tentar descobrir o que se esconde abaixo dele, bem como para analisar as auroras do planeta e a sua magnetosfera.

 

Os olhos dos furacões: duas das grandes manchas brancas de Júpiter. Em julho 2017, Juno enviou imagens em grande proximidade da Grande Mancha Vermelha, uma tempestade com diâmetro de 16.350 quilômetros que se manifesta ininterruptamente no planeta há pelo menos 350 anos.

 

Uma visão quase onírica dos sistemas de nuvens de Júpiter. A atmosfera do gigante é atravessada por ventos que podem atingir os 600 quilômetros horários. Esses ventos alimentam tempestades como essa da foto.

 

A análise dos dados da sonda Juno permitiu a reconstrução, nos últimos meses, de uma imagem de Júpiter muito diferente daquela que todos esperavam. O sistema meteorológico do gigante é baseado no amoníaco.

 

A análise detalhada das nuvens de Júpiter levou à hipótese de que no seu interior podem ser formados pedaços de granizo, a partir de um mecanismo bastante análogo àquele que acontece na superfície da Terra.

 

Algumas das imagens dos ciclones de Júpiter recordam as fotografias dos furacões terrestres vistos do espaço. Mas as dimensões dos sistemas meteorológicos de Júpiter são muito maiores do que as mais temíveis tempestades que acontecem na Terra.

 

Está previsto que a missão de Junho terminará em julho 2018, após ter realizado 12 flyby do planeta. Trata-se de um recorde de resistência, considerando as radiações que a sonda suporta desde a sua colocação em órbita.

 

A partir de julho 2018, a missão poderá ser estendida se a sonda ainda tiver condições, com o já aconteceu para outros gloriosos feitos da exploração espacial.

 

O VOO IMAGINÁRIO AO REDOR DE JÚPITER

Realizado com a técnica do time-lapse, o vídeo abaixo reproduz o que seria um flyby virtual do gigante gasoso e das suas múltiplas perturbações atmosféricas.

Um grupo de 91 astrônomos participou do projeto colhendo mais de mil fotografias, que depois foram organizadas em sequência para simular um sobrevoo de Júpiter. Júpiter aparece inicialmente como um ponto luminoso distante; aproximando-se, são percebidas as suas faixas de nuvens em rápida rotação, a Grande Mancha Vermelha em plena atividade e outras tempestades menores transitórias.

Vídeo: Approaching Jupiter

Vídeo composição e direitos autorais: Peter Rosen

 
 

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