Tsunami no Japão cria icebergs na Antártica
O terremoto de maro 2011 no Japo causou um tsunami que devastou extensas reas do pas. Mas a onda gigante provocou efeitos tambm em zonas to distantes quanto a Antrtica
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Usando imagens de radar obtidas pelo Envisat, o satélite da Agência Espacial Européia (ESA), uma equipe da NASA conseguiu detectar dois novos icebergs, o maior deles medindo cerca de 6,5 por 9,5 quilômetros de superfície, e com uma espessura de cerca 80 metros.
Em março, o terremoto Tohoku, de magnitude 9.0, sacudiu o litoral centro-norte do Japão e provocou um tsunami de ondas gigantes. Essas ondas se propagaram pelo Oceano Pacífico, correndo mais de 13 mil quilômetros em direção ao sul, até chegar à calota polar Sulzberger, na Antártica onde causou fraturas que deram origens a imensas massas de gelo que se puseram a flutuar no Mar de Ross.
As ondas tinham aproximadamente apenas 30 centímetros de altura quando se chocaram contra a calota Sulzberger, mas sua força, mesmo assim, conseguiu provocar suficiente estresse nessa camada de gelo a ponto de rompê-la em vários lugares.
“Essas novas descobertas na Antártica demonstram que as observações por satélite são essenciais para se entender os mecanismos e os efeitos associados aos desastres naturais”, disse Henri Laur, diretor do projeto Envisat.
As informações colhidas sobre o terremoto Tohoku, pelo Envisat, também foram muito usadas pelos cientistas para se fazer um mapa detalhado das áreas deformadas do Japão, poucas semanas após o cataclismo. O radar instalado no satélite pode obter imagens em todas as condições de tempo e de luz, e essas características são fundamentais sobretudo quando se exploram áreas polares. A cada dia, o Envisat capta imagens da Antártica. Elas podem ser vistas gratuitamente clicando aqui.
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