Onde Europa e América se encontram. A divisão entre as placas tectônicas na Islândia

A Islândia é um dos únicos lugares do mundo onde é possível ver e tocar, ao mesmo tempo, duas placas tectônicas continentais. O britânico Alexander Mustard documentou um mergulho entre as placas da América do Norte e da Eurásia, que se afastam a cada ano.

A Islândia é um dos únicos lugares do mundo onde é possível ver e tocar, ao mesmo tempo, duas placas tectônicas continentais. O britânico Alexander Mustard documentou um mergulho entre as placas da América do Norte e da Eurásia, que se afastam a cada ano.
A Islândia é um dos únicos lugares do mundo onde é possível ver e tocar, ao mesmo tempo, duas placas tectônicas continentais. O britânico Alexander Mustard documentou um mergulho entre as placas da América do Norte e da Eurásia, que se afastam a cada ano. (Foto: Luis Pellegrini)


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Ruptura gigante: surpreendentes imagens subaquáticas mostram o crescente fosso e a separação e afastamento entre duas placas tectônicas. À esquerda, a da da Europa (Eurásia), à esquerda a da América do Norte.

 

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Por: Equipe Oásis

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Fotos: Alexander Mustard. Fonte: http://www.dailymail.co.uk

 

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Mergulhador e fotógrafo de situações extremas, o britânico Alexander Mustard registrou o mergulho que ele e outros colegas fizeram na fenda entre as placas tectônicas da América do Norte e da Eurásia. A aventura para conhecer a "fronteira" entre as duas placas ocorreu no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia. A paisagem submersa do parque é cheia de vales, falhas e fontes de lava, formados pelo afastamento gradual entre as duas placas, que se distanciam cerca de 2,5 centímetros uma da outra a cada ano.

Os mergulhadores que participaram da expedição desceram cerca de 24 metros na fenda entre as placas, mas chegaram a até 60 metros de profundidade em cânions como o Silfra e o Nikulasargia. Mustard, de 36 anos, diz que as imagens mostram 'o mundo submarino único da Islândia, que, assim como a inteira ilha, é formado por paisagens vulcânicas'.

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Mapa das placas tectônicas e os limites de onde elas se encontram (ou se separam). No destaque em amarelo a pequena Islândia, país onde foram feitas as imagens. 

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A lava e o vapor quente na interseção entre as placas criou também a chaminé hidrotermal Arnarnes Strytur, visitada pelos mergulhadores. A água é expulsa da chaminé a 80°C e forma uma coluna turva ao entrar em contato com a água do mar, que está a 4°C.

Alexander Mustard é especializado em imagens submarinas. Um de seus trabalhos mais conhecidos é o registro fotográfico de destroços de navio no fundo do mar ao redor do mundo.

 

Grupo de mergulhadores flutuam nas águas claríssimas do fiorde que existe entre as duas placas.

 

Placas tectônicas, uma colcha de retalhos

A noção de placas tectônicas foi desenvolvida nos anos 1960 para explicar as localizações dos vulcões e outros eventos geológicos de grande escala. De acordo com a teoria, a superfície da Terra é feita de uma "colcha de retalhos" de enormes placas rígidas, com espessura de 80 km, que flutuam devagar por cima do manto, uma região com magma nas profundezas da terra. As placas mudam de tamanho e posição ao longo do tempo, movendo entre um e dez centímetros por ano - velocidade equivalente ao crescimento das unhas humanas.

O fundo do oceano está sendo constantemente modificado, com a criação de novas crostas feitas da lava expelida das profundezas da Terra e que se solidifica no contato com a água fria. Assim, as placas tectônicas se movem, gerando intensa atividade geológica em suas extremidades. As atividades nestas zonas de divisa entre placas tectônicas são as mesmas que dão origem aos terremotos de grande magnitude.


Encontro de Placas Tectônicas: Imagens Espetaculares

Mustard queria fotografar e filmar a atividade vulcânica subaquática da Islândia. ‘Muitas pessoas visitam a Islândia para ver as atividades vulcânicas em terra, mas elas existem também debaixo d’água. 



Panorama do alto do fiorde que separa os limites da placa da Eurásia (esquerda) da placa americana (direita).


Alguns mergulhadores sentem vertigem ao atravessarem a região entre as placas, devido à extrema clareza e transparência das águas.


Vídeo: 

Diving Silfra, Iceland - the visibility wonderland


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