Nasce uma ilha: No Japão, um fenômeno geológico muito raro

Graças às novas tecnologias de fotografia e vídeo, podemos testemunhar ao vivo e em cores um fenômeno raríssimo do mundo natural: o nascimento de uma nova ilha oceânica provocado por uma erupção vulcânica

Graças às novas tecnologias de fotografia e vídeo, podemos testemunhar ao vivo e em cores um fenômeno raríssimo do mundo natural: o nascimento de uma nova ilha oceânica provocado por uma erupção vulcânica
Graças às novas tecnologias de fotografia e vídeo, podemos testemunhar ao vivo e em cores um fenômeno raríssimo do mundo natural: o nascimento de uma nova ilha oceânica provocado por uma erupção vulcânica (Foto: Gisele Federicce)


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Por: Equipe Oásis. Fotos: Satélite Landsat 8

 

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Há cinco meses, em novembro de 2013, geólogos e vulcanologistas em todo o mundo entraram em delírio: no Oceano Pacífico, ao largo do Japão, uma ilha emergiu do fundo do mar. Surgiu fumegante, nervosa e explosiva, resultado da atividade de um vulcão submarino que estava em erupção há muito tempo. Em certo momento, as torrentes de lava atingiram a superfície do oceano e começaram a se acumular acima da linha da água. Quem estava por perto testemunhou um fenômeno raro e muito impressionante da geologia planetária: o aparecimento de uma nova porção de terra que nunca antes existira. A ilha ganhou o nome de Niijima. Nishino Shima.

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A ilha maior, Nishinoshima, um pouco antes do surgimento da nova ilha

Nas semanas que seguiram, a ilha tomou forma e cresceu mais e mais, nas proximidades de uma outra ilha chamada Nishino Shima que surgiu do mar através do mesmo processo, há 40 anos. Também a ilha mais antiga, obviamente, nasceu da atividade do mesmo vulcão submarino. Mas esse monstro das profundezas telúricas ainda não esvaziara a sua caixa de surpresas. Nos últimos dias, como consequência do seu crescimento, a ilha mais jovem uniu-se à outra para constituir uma única ilha.

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A ilha de Niijima, nos instantes em que emergia do oceano, graças ao acúmulo da lava petrificada do vulcão

O complexo resultante possui hoje cerca de onze quilômetros de diâmetro e 60 metros de altura, mas certamente deverá se tornar muito maior e mais alto, já que a atividade vulcânica no local, caracterizada por explosões e por grandes derramamentos de lava, continua a pleno vapor e não dá sinais de arrefecimento. Tudo para a delícia de centenas de cientistas reunidos no local para observar e estudar atentamente o fenômeno. Eles sabem que contemplam um acontecimento geológico muito raro, e que deu origem, no passado distante, a quase todos os arquipélagos vulcânicos, como é o caso do Havaí e das Ilhas Galápagos. Há poucos dias o satélite Landsat 8 tirou várias fotos da nova ilha. Ela se encontra a cerca de mil quilômetros ao sul de Tóquio, na cadeia montanhosa das Ilhas Ogasawara.

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Nishinoshima e Niijima, agora unidas, constituem uma única ilha. A foto foi obtida por satélite

 

Vídeo: veja o dia em que Niijima saiu do mar:

 

 

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