Gelos polares derretem. As perdas nos últimos 16 anos

Desde 2003, Groenlândia e Antártica perderam bilhões de toneladas de gelo. Entre os principais motivos está o aquecimento global causado pelas mudanças climáticas atualmente em curso.



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Por: Equipe Oásis

Fonte: Revista Science (*)

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Com a quantidade de gelo que perderam nos últimos 16 anos, a Antártica e a Groenlândia poderiam encher mais de 2 bilhões de piscinas olímpicas. Na grande ilha do hemisfério norte, a perda média anual foi de 200 bilhões de toneladas de gelo; no extremo sul da Terra, onde se situa o Continente Gelado, a calota glacial que circunda a Antártica durante o inverno perdeu em média 118 bilhões de toneladas de gelo ao ano.

Na Groenlândia, blocos de gelo flutuam nas águas da banquisa derretida.


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Blocos de gelo flutuam nas águas formadas por gelo derretido nas imediações de Ilulissat, na Groenlância.

Segundo os dados, colhidos em estudo publicado na revista Science, o derretimento dos gelos dessas duas regiões contribuiu para elevar o nível do oceano em 1,4 centímetros.

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Perda de gelo na Groenlândia


O mapa mostra (em metros) a perda ou o aumento do gelo anual na Groenlândia. As zonas azuis indicam um ligeiro aumento, enquanto as de cor laranja, vermelho e violeta mostram as perdas, das menores às mais consistentes (ao longo do litoral, que chegam a até 10 metros ao ano). Fonte: SCIENCE

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Esses dados, que já eram esperados pelos cientistas, foram obtidos a partir de análises do trabalho de dois satélites ICESat (Ice, Cloud and Elevation Satellites). Tais aparatos utilizam a técnica da altimetria a laser, capaz de medir as mudanças que ocorrem nos gelos dessas duas áreas do planeta.

Cientistas na borda de um rio formado por gelo derretido, na Groenlândia


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Cientistas na borda de um verdadeiro rio formado pelas águas de gelo derretido na superfície da Groenlândia.

Combinando os dados obtidos por um primeiro satélite, que permaneceu operativo entre 2003 a 2009, e os dados obtidos por um segundo satélite posto em órbita em 2018, os pesquisadores conseguiram elaborar um quadro bastante claro da evolução do descongelamento no passado mais recente daquelas regiões, e também do que está acontecendo no presente e deverá acontecer no futuro. “A partir do estudo dos dados de apenas um mês ou de um ano é impossível compreender qual o impacto das mudanças climáticas sobre um glaciar ou uma calota glacial polar”, explicou Benjamin Smith, chefe da equipe de pesquisadores.

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Mapa do derretimento do gelo na Antártica


O mapa mostra (em metros) a perda ou o aumento do gelo anual na Antártica. As zonas azuis indicam um ligeiro aumento, e as zonas em laranja, vermelho e violeta mostram a gravidade das perdas, das menores até as mais consistentes (no litoral do continente antártico as perdas chegam a 10 metros ao ano!) Fonte: SCIENCE

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Groenlândia e Antártica

No caso da Groenlândia, as altas temperaturas já derreteram a parte superior das calotas glaciais e dos glaciares. Além disso, as águas dos oceanos, mais quentes por causa do aquecimento global, estão erodindo os gelos nas áreas costeiras: no dia 31 de julho do ano passado, em apenas um dia a Groenlândia perdeu 10 bilhões de toneladas de gelo.

O vídeo abaixo tornou-se viral na Internet, e mostra cães de trenó correndo sobre a superfície descongelada da banquisa na Groenlândia.

Na Antártica, embora as regiões mais internas tenham adquirido massa por causa do aumento das Precipitações, a situação nas regiões costeiras é ainda pior.

Vídeo: Cães de trenó parecem caminhar sobre a água

(*) Também amplamente referida como Science Magazine, é uma revista científica publicada pela Associação Americana para o Avanço da Ciência, considerada, ao lado da Nature, uma das revistas acadêmicas mais prestigiadas do mundo.

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