Gelo polar diminui: E provoca invernos cada vez mais frios

Quase no final do mês de agosto, o frio dos últimos dias no sul do país é atípico, mas tem uma causa: o derretimento cada vez maior do gelo na Antártica. O mesmo aconteceu na Europa, o ano passado, por causa da diminuição da calota polar ártica

Quase no final do mês de agosto, o frio dos últimos dias no sul do país é atípico, mas tem uma causa: o derretimento cada vez maior do gelo na Antártica. O mesmo aconteceu na Europa, o ano passado, por causa da diminuição da calota polar ártica
Quase no final do mês de agosto, o frio dos últimos dias no sul do país é atípico, mas tem uma causa: o derretimento cada vez maior do gelo na Antártica. O mesmo aconteceu na Europa, o ano passado, por causa da diminuição da calota polar ártica (Foto: Gisele Federicce)


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Os ursos polares são os animais mais ameaçados pelo derretimento dos gelos no Oceano Ártico


Por: Equipe Oásis

O inverno na Europa, este ano, foi um dos mais longos e rigorosos das últimas décadas. O mesmo fenômeno sucede agora no Hemisfério Sul. No Brasil, por exemplo, nos estados do Sul e Sudeste, já estamos quase no final de agosto e o frio parece não querer ir embora. O que está acontecendo? Os meteorologistas já conhecem a resposta: a causa é a diminuição dos gelos polares, tanto no Ártico quanto na Antártica, fenômeno que acontece nos meses de verão em ambos os hemisférios, alternadamente. Pesquisadores do Research Unit Potsdam, do Alfred Wegener Institute for Polar and Marine Research, órgão da Helmholtz Association, descobriram um mecanismo segundo o qual a retirada dos gelos que recobrem os polos provoca mudanças na pressão atmosférica ártica e antártica, com uma importante intensificação do inverno na Europa e, agora, na parte sul da América Latina.

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Voltemos ao começo. Se, durante o verão, acontece uma grande retirada do gelo na região do Polo Norte, como tem acontecido nos últimos anos, acontecem dois efeitos importantes. Em primeiro lugar a retirada do gelo traz à tona a água oceânica que é muito mais escura do que o gelo, e isso provoca um notável aquecimento dela, já que é capaz de reter muito mais calor. Em segundo lugar, por causa da reduzida extensão do gelo, o calor presente no oceano é liberado na atmosfera sobretudo no outono e no inverno. "Essas temperaturas mais elevadas podem ser medidas nas correntes oceânicas próximas da região ártica", explica Ralf Jaiser, um dos responsáveis pela pesquisa.

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Quando o frio é muito rígido (entre -15/-20 °C) é possível fazer esta experiência: lançar ao ar água fervente. Ela explodirá em vapor e cristais de gelo.

Alterações na circulação do ar

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O aquecimento do ar nas imediações do mar determina processos de subida das correntes atmosféricas que se tornam muito menos estáveis. "Analisamos os movimentos caóticos que são criados e demonstramos que se formam condições que alteram profundamente a circulação típica dessa área", continuou Jaiser. Uma dessas situações é a diferença de pressão atmosférica entre o Ártico e as médias latitudes: a assim chamada "oscilação Ártica", caracterizada por importantes diferenças de pressão entre os Açores e a Islândia. Se essa diferença está ligada a uma alta pressão sobre os Açores e a uma pressão sobre a Islândia, formam-se fortes ventos ocidentais que, no inverno, levam ar atlântico quente e úmido para a Europa. Isso é o que tem acontecido nos dois últimos invernos.

Fenômenos análogos estão acontecendo também no Hemisfério Sul, na região da Antártica. Equipes de cientistas estudam neste momento como se processa a mecânica do fenômeno nessa parte do mundo. De qualquer forma, tanto no Norte quanto no Sul, a expectativa é de que tenhamos invernos cada vez mais frios e prolongados.

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