Exoplanetas. Telescópio Kepler já encontrou 1.284

A NASA acaba de anunciar que o número de planetas confirmados descobertos em outros sistemas estelares subiu para 1.284. Apesar de alguns problemas técnicos enfrentados pelo telescópio espacial Kepler, prossegue a todo vapor o trabalho dos caçadores de planetas. Há mais de 4.300 outros candidatos potenciais que estão sendo verificados.



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Representação artística do telescópio espacial Kepler, especializado na caça aos exoplanetas / NASA.

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Por: Equipe Oásis

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A NASA acaba de informar que já são 1284 os exoplanetas descobertos pelo telescópio espacial Kepler confirmados como tais. “Este anúncio dobra o número de exoplanetas confirmados e faz aumentar cada vez mais a esperança de que lá fora, em algum lugar do espaço, exista uma Terra semelhante à nossa”, declarou Ellen Stofan, da NASA.

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Até o dia de hoje, a Kepler individuou 4.302 potenciais planetas. Os pesquisadores da NASA analisaram os dados deles e chegou à conclusão de que, para 1.284 as probabilidades de que sejam planetas reais é superior a 99%; 1.327 se aproximam desse valor, mas ainda não se tem certeza definitiva; os restantes 707 colocam dúvidas, já que podem ser planetas ou fenômenos de um outro tipo. Esse estudo também convalidou a existência de outros 984 candidatos a planetas descobertos com outros instrumentos.

 

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Os planetas descobertos pelo Kepler subdivididos por dimensão

 

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O telescópio espacial Kepler foi lançado em 2009 com o objetivo preciso de procurar planetas extra-solares. Apesar de numerosos problemas, dos quais o mais grave foi a perda, em 2013, do sistema que mantém o telescópio apontado para um ponto preciso do céu, Kepler tem feito um excelente trabalho possibilitando uma notável colheita de dados e informações.

Kepler mantem sob observação nada menos de 150 mil estrelas e utiliza o método do “trânsito” para buscar novos planetas, ou seja o controle da luz emitida por uma estrela e sua eventual diminuição quando à frente dela passa um planeta.

 

Na ilustração, a faixa verde é a “faixa de habitabilidade”, ou seja a faixa no interior da qual os planetas podem ter água líquida e, assim sendo, uma elevada possibilidade de conter vida.

 

 

Dos planetas descobertos, cerca 550 podem ser rochosos como a Terra e 9 deles orbitam na faixa de habitabilidade da sua estrela, que é a faixa orbital na qual a água, caso exista, pode escorrer livremente em forma líquida na superfície do planeta.

 

Quantas vezes lemos ou ouvimos falar de “novas Terras” descobertas para além do Sistema Solar? Dentre os mais de 4 mil planetas extrapolares individuados até agora sem dúvida existem alguns que são potencialmente habitáveis, similares ao nosso por sua massa, dimensões e distância da sua estrela. Mas como escolher os melhores candidatos ao título de “gêmeo terrestre”? O Índice de Similaridade Terrestre (Earth Similarity Index, ESI) serve para se avaliar a habitabilidade de um planeta com base em parâmetros como o seu raio, temperatura e velocidade de fuga (ou seja a velocidade mínima necessária para nos afastarmos da superfície) do planeta em questão. Trata-se de uma escala que vai de 0 a 1, sendo 1 o valor da Terra: um planeta que obtenha de 0,8 para mais pode ser considerado “terrestre”. (Marte se situa no índice 0,64 e Vênus no 0,78, para efeito de comparação.  Os cientistas já encontraram vários planetas com índices superiores a 0,8! Os cinco mais importantes dentre eles são:

 

2  KEPLER 438B (ESI=0.88). Descoberto em 2015 ao redor de uma estrela anã vermelha a 470 anos luz de nós, Kepler 438b (aqui numa interpretação artística) é o exoplaneta com o ESI mais alto. Possui um diâmetro cerca de 12% maior que o da Terra e se encontra na zona habitável da sua estrela, ao redor da qual completa uma órbita a cada 35 dias.  Provavelmente rochoso, sua temperatura oscila entre 0 e 60 graus centígrados. Praticamente perfeito, embora sua estrela – como se descobriu recentemente – lhe lança fluxos periódicos de radiações que poderiam torná-lo completamente inabitável (um parâmetro que o ESI ainda não leva em consideração).

 

3  GLIESE 667CC (ESI=0.85). Descoberto em 2011, orbita ao redor de uma estrela anã vermelha situada a 24 anos luz da Terra. Faz parte de um sistema triplo de estrelas (bem compreensível na ilustração acima) e possui uma massa estimada de 3,8 massas terrestres. Com um período orbital de 28 dias, encontra-se na zona habitável da sua estrela e possivelmente possui uma temperatura média de zero grau centígrado. Ainda não se conhece o seu raio, já que ele não transita diante da sua estrela. A sua presença foi detectada pelo método das velocidades radiais, ou seja medindo-se os pequenos movimentos que a estrela executa como resposta à atração gravitacional do planeta.

 

4 KEPLER 442B (ESI=0.84). Este planeta rochoso com tamanho equivalente a 1,3 Terra (e com 2,3 vezes a sua massa) foi descoberto em 2015 ao redor de uma estrela mais fria que o Sol, situada a 1100 anos luz de nós. Seu período orbital é de 112 dias e se encontra na zona habitável da estrela. Tem uma temperatura média estimada de 40 graus centígrados negativos. Bastante frio, mas dentro dos limites de suportação: em Marte, durante o inverno, a temperatura nas imediações dos polos chega a 125 graus negativos. Na ilustração, uma representação do planeta Kepler 442b comparado à Terra.

 

5 KEPLER 62E E 62F (ESI=0.83 E 0.67). Descobertos pelo Kepler em 2013, estes dois planetas orbitam uma estrela mais fria que o Sol a cerca de 1200 anos luz da Terra. Têm um raio equivalente a cerca 1,6 e 1,4 vezes, respectivamente, do raio terrestre e um período orbital de 122 e de 267 dias. Ambos se situam na zona habitável da sua estrela e possuem provavelmente, em ambos os casos, uma massa equivalente a 30 vezes a terrestre. As temperaturas estimadas permitem a existência de água líquidas em suas superfícies (embora isso dependa das condições atmosféricas reinantes). Na imagem, uma representação artística do Kepler 62e.

 

6 KEPLER 452B (ESI=0.83). A sua descoberta, há poucos meses, foi anunciada com um clamor que muitos julgaram excessivo. Trata-se com efeito do exoplaneta mais semelhante à Terra que orbita a zona habitável de uma estrela como o nosso Sol. Cinco vezes mais maciço que a Terra, ele orbita ao redor do seu astro a cada 385 dias (número que lembra de modo sugestivo a duração do ano terrestre). Sua estrela é 1,5 bilhão de anos mais velha do que o Sol: o estudo desse planeta poderia proporcionar preciosas informações sobre o futuro da Terra (que vemos colocada ao lado dele na ilustração).

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