Drones na savana. Mas os elefantes os odeiam

Os drones são cada vez mais numerosos nos serviços de vigilância e espionagem. Mas há quem os deteste. Os elefantes, por exemplo. Quando essas maquininhas voadoras deles se aproximam, a manada inteira foge aterrorizada. Eis porquê.

Os drones são cada vez mais numerosos nos serviços de vigilância e espionagem. Mas há quem os deteste. Os elefantes, por exemplo. Quando essas maquininhas voadoras deles se aproximam, a manada inteira foge aterrorizada. Eis porquê.
Os drones são cada vez mais numerosos nos serviços de vigilância e espionagem. Mas há quem os deteste. Os elefantes, por exemplo. Quando essas maquininhas voadoras deles se aproximam, a manada inteira foge aterrorizada. Eis porquê. (Foto: Luis Pellegrini)


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Rebanho de antílopes corre em disparada ao perceber que um drone se aproxima.

 

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Por: Equipe Oásis

 

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No início do ano alguns pesquisadores da Duke University (Carolina do Norte, EUA) foram ao Gabão, África central, para estudar uma população de elefantes em diminuição. Levaram consigo três drones para contar os animais, mas as coisas não caminharam como previsto.

Os animais perceberam quase imediatamente a presença dos aparelhos, que voavam a uma altura de 7 a 27 metros sobre eles. Alguns animais romperam a formação de manada e partiram sozinhos em corrida desabalada. Uma fêmea com seu filhote tentou inclusive lançar com sua tromba jatos de poeira contra os drones, numa ação de verdadeira artilharia contra-aérea. Os cientistas ficaram perplexos com essas reações, mas logo entenderam as razões: os elefantes ficaram apavorados ao ouvir o zumbido provocado pelas hélices dos drones, que recorda o do único verdadeiro terror dos paquidermes africanos – as abelhas.

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Elefante coloca-se em posição de guarda ante o aproximar-se de um drone. É o zumbido produzido por esses aparelhos que assusta os paquidermes.

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O inimigo mais odiado

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Elefantes praticamente não têm inimigos naturais. À parte as armas de fogo dos caçadores humanos, suas dimensões e grande força física os protegem até de predadores como os leões. Mas eles não têm defesa contra as abelhas africanas, insetos particularmente agressivos que os picam no interior da tromba, nos olhos e atrás das orelhas, regiões particularmente sensíveis.

Os pesquisadores agora estudam as diferentes frequências de zumbidos produzidos pelos drones para separar aqueles que emitem sons parecidos com o dos enxames de abelhas. O próximo passo será utilizar (ou criar) novos drones que emitam ruídos menos barulhentos ou de diversa frequência, para poder usá-los no estudo dos elefantes sem perturbá-los. Esses aparelhos, com efeito, são extremamente úteis tanto para a contagem dos animais, quanto para vigiar às áreas onde eles vivem e que costumam ser invadidas por caçadores furtivos que os matam para roubar as suas presas de marfim.

 

Assustado, elefante tenta lançar com a tromba um jato de poeira sobre o drone que está próximo.

 

Um drone abatido por uma águia

Não apenas os elefantes se sentem incomodados pela presença de drones a voar sobre suas cabeças. Já existem várias filmagens e fotos que documentam  pássaros, felinos e outros bichos que saltam tentando atacar e atingir as máquinas voadoras. Aqui está o vídeo, gravado pelo próprio drone, no momento em que é derrubado por uma águia australiana (Aquila audax) que não gostou de ver seu território invadido por aquele estranho pássaro metálico, atacando-o com suas garras. O drone caiu em terra, e a águia, felizmente, não ficou ferida

 

Vídeo: Un drone abatido por uma águia.



A Aquila audax é a maior ave de rapina da Austrália e uma das maiores do mundo. Pode chegar a cinco quilogramas de peso e a 2,5 metros de envergadura das asas. Difundida em todo o território australiano, possui uma visão excepcional que lhe permite captar, a enormes distâncias, todas as frequências das cores do ultravioleta ao infravermelho. Consegue dessa forma ver as correntes ascensionais de ar quente que lhe possibilitam planar durante horas a grandes altitudes sem despender praticamente nenhum esforço.

Fotos cada vez mais sensacionais

A cada dia mais numerosos e sofisticados, os drones rapidamente conquistaram boa reputação nas áreas da geologia, biologia, botânica e a pesquisa científica em geral. São hoje largamente utilizados também na topologia e pelos serviços militares. A quantidade e qualidade dos material que podem produzir, termos de vídeos e de filmes, é tão boa que agora já existem inclusive concursos de imagens obtidas por eles.

O Dronestagram, por exemplo (http://www.dronestagr.am/) é um site dedicado ao compartilhamento de fotografias tiradas com drones. O arquivo, em contínua expansão. É composto de imagens tiradas por  fotógrafos “dronistas” profissionais ou amadores que procuram imortalizar o mundo a partir de novas perspectivas. Os resultados podem ser extraordinários, tanto do ponto de vista do documento quanto da qualidade estética. Na galeria abaixo mostramos algumas das fotos mais bonitas obtidas nos concursos relativos ao ano de 2015.

 

 

 

 

O segundo prêmio do concurso foi ganho por esta fotografia tirada por um drone em Manila, nas Filipinas.



O terceiro prêmio foi ganho por este sugestivo crepúsculo sobre a cidade francesa de Annecy. Foto Drones-CS

 

Entre as fotos premiadas está a desta cascata espetacular em Tamul, no México. Foto Postandfly / Dronestagram

 

Os drones também participaram da última Color Run, festa popular no Quebec. Eles se mantiveram à distância dos canhões de pó colorido que são disparados durante o evento. Foto Eric Beaupré / Dronestagram.

 

O entardecer visto da praia de Dunnet, na região das Mainlands, Grã Bretanha. Foto Sinclairaeriasurvey / Dronestagram.

 

Um drone Flame Wheel 550 se prepara para aterrissar. O custo desses aparelhos baixou muito ultimamente e com algumas centenas de dólares é possível comprar drones com capacidade para filmagens semiprofissionais. Foto Flyingfarr / Dronestagram

 

Fogos de artifício iluminam o estádio de Sofia, na Bulgária, para comemorar o centenário do time de futebol mais importante do país. Foto Icefire / Dronestagram.

 

Uma espetacular alvorada ilumina o porto de Sanary-sur-mer, na Franca. Foto Jam69

 

A base naval de Fredriksvern, em Sravern, na Noruega. Foto Jmelau / Dronestagram.

 

As celebrações de 1o de novembro em Santiago Sacatepequez, na Guatemala.

 

Uma cariátide da catedral de Amiens, na França, observada muito de perto. Foto Agence Imagista / Dronestagram.

 

  

O olho que surge na superfície congelada é na verdade um buraco feito por um pescador no lago Turgoyak, na Rússia. Foto Maksim Tarasov / Dronestagram

 

No Brasil, restos de cidade na região de Paracatu, em Minas, destruída pelo desastre ambiental da ruptura da Barragem do Fundão. Foto Alexandre Salem / Dronestagram.

 

A catedral de Maringá, no Paraná. Esta foto conseguiu o primeiro prêmio no National Geographic Drone Photography Contest, concurso fotográfico organizado pelo site Dronestagram em colaboração com o National Geographic. Foto Ricardo Matiello / Dronestagram

 

Um momento de relax em Shandong, na Cina. Foto Ambrose Lune / Dronestagram

 

Monte Saint Michel, França. Foto Jeremie Eloy / Dronestagram

 

Um mergulho de dar calafrio em Mazatlán, no México. Foto Wootsor / Dronestagram

 

Uma tradicional corrida de camelos em Dubai, Emirados Árabes Unidos. Foto Shoyab / Dronestagram

 

Uma pequena ilha em Tahaa, Polinésia Francesa. Foto Marama / Dronestagram

 

O golfo de Amalfi, Itália. Foto Rus / Dronestagram

 

O Cristo Redentor, Rio de Janeiro. Foto Alexandre Salem / Dronestagram.

 

Plantação de tulipas na Holanda.

 

Mergulhando com os tubarões na Polinésia Francesa. Foto Tahitiflyshoot / Dronestagram

 

DCIM@MEDIA

Alvorada no Monte Fuji, Japão. Foto Dan116 / Dronestagram.

 

La Forêt Noyée (A Floresta Inundada), destino muito popular para excursionistas e canoístas na Nova Celedônia. Foto Claire Cousergue / Dronestagram

 

Seljalandsfoss, a Cascata Líquida, na Islândia. Foto Donpablo / Dronestagram

 

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