Coitadismo. Dez maneiras para não cair no poço da autopiedade

Autopiedade, coitadismo ou autocomiseração são sinônimos de autodestruição. Sentir pena de si mesmo é um sentimento que pode ser completamente destrutivo. Ele faz com que a superação dos problemas se torne mais difícil – se não impossível.

Autopiedade, coitadismo ou autocomiseração são sinônimos de autodestruição. Sentir pena de si mesmo é um sentimento que pode ser completamente destrutivo. Ele faz com que a superação dos problemas se torne mais difícil – se não impossível.
Autopiedade, coitadismo ou autocomiseração são sinônimos de autodestruição. Sentir pena de si mesmo é um sentimento que pode ser completamente destrutivo. Ele faz com que a superação dos problemas se torne mais difícil – se não impossível. (Foto: Gisele Federicce)


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Quem pratica a autocomiseração tem por hábito sentir-se a pior das criaturas, mas, essencialmente, quer que os outros a vejam como 'pobrezinha', 'coitadinha', incapaz, pequena e infeliz

 

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Por: Amy Morin (*)

 

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Mesmo que você tenha sofrido uma rejeição amorosa ou estiver se sentindo estressado ou sobrecarregado, querer que os outros sintam pena de você não ajudará. Pessoas mentalmente fortes não permitem que a autopiedade sabote seus objetivos. Ao invés disso, elas usam os momentos difíceis e inevitáveis como um caminho para se tornarem mais fortes e melhores. Aqui estão 9 maneiras que essas pessoas utilizam para evitar  cair na armadilha:

1 – Encarar seus sentimentos

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Pessoas mentalmente fortes se permitem experimentar emoções como aflição, decepção e solidão. Elas não se deixam levar por emoções pesadas que causam desconforto, se questionando se seus problemas são “justos” ou se convencendo de que sofrem mais do que os outros. Elas sabem que o melhor jeito de lidar com desconfortos é justamente passando por eles.

 

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O que deixa o autopiedoso realmente 'feliz' é quando encontra alguém que o conforta com palavras negativas, dizendo 'é assim mesmo', existem outras pessoas iguais a você ou até piores...', etc

 

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2 - Reconhecer os sinais de perigo quando se está indo para o fundo do poço

Quando você foca em tudo que está dando errado, seus pensamentos se tornam extremamente negativos, e esses pensamentos afetarão negativamente seu comportamento se você os alimentar. A combinação do pensamento negativo com a falta de energia causam o sentimento de autopiedade.

Pessoas mentalmente fortes reconhecem quando estão correndo o risco de serem levadas para baixo e agem para se prevenirem contra viver uma vida de dissabores.

3 – Questionar suas próprias percepções

Nosso estado emocional influencia como percebemos a realidade. Quando você sente pena de si mesmo, você já espera que coisas ruins aconteçam em sua vida, enquanto não percebe as boas. Essas pessoas questionam se seus pensamentos realmente representam a realidade. Elas perguntam a si mesmas: “Eu nunca tenho sorte?” ou “Minha vida inteira está realmente arruinada?” Perguntas como essas permitem que elas reconheçam quando sua visão não é realista e criam uma percepção melhor da situação.

 

 

4 – Transformar os pensamentos negativos em experimentos comportamentais

Pessoas mentalmente fortes não permitem que pensamentos negativos se tornem realidade; elas desempenham experimentos comportamentais para provar que aqueles pensamentos estão errados. Quando se veem tendo pensamentos como “Eu nunca poderia apresentar algo tão bom quanto isso”, respondem: “Desafio aceito!”.

5 - Guardar as energias para atividades produtivas

Cada minuto desperdiçado com a autopiedade são 60 segundos que você atrasou para encontrar a solução dos seus problemas. Pessoas mentalmente fortes se recusam a perder tempo e energia com o seu “sofrimento”. Ao invés disso, elas investem seus recursos em atividades produtivas que possam melhorar a situação.

 

 

6 - Praticar a gratidão

É difícil sentir autopiedade e gratidão ao mesmo tempo. Autopiedade é pensar “Eu mereço mais”. Gratidão é pensar “Eu tenho mais do que preciso”. Pessoas mentalmente fortes reconhecem tudo aquilo que têm e são gratas por isso – desde o ar fresco que respiram até a água pura que bebem.

7 - Ajudar os outros

É difícil sentir pena de si mesmo quando se está ajudando pessoas em situações piores que a sua. Problemas como falta de clientes e queda de vendas não parecem tão ruins quando você lembra que há pessoas passando fome e sem teto para morar. Pessoas mentalmente fortes preferem lutar para melhorar a vida dos outros do que se lamentar pela sua própria vida.

 

Escritor brilhante, porém ainda não reconhecido, afogando-se num mar de autopiedade.

 

8 – Não reclamar

Pessoas mentalmente fortes não tentam ganhar a pena dos outros reclamando sobre suas dificuldades. Ao invés disso, elas reagem para fazer as coisas melhorarem ou aceitam as situações que não podem mudar.

9 - Ser otimista

Alguns problemas não podem ser previstos ou resolvidos. A perda de alguém querido, desastres naturais e certas condições de saúde são problemas que a maioria de nós irá enfrentar uma hora ou outra, mas pessoas mentalmente fortes mantém um olhar otimista sobre suas habilidades de lidar com qualquer que seja o caminho da vida.

10 - Construir uma força mental

Desenvolver a força mental é como desenvolver a força física. Se você quiser se tornar fisicamente forte, você precisa de bons hábitos, como fazer exercícios e ganhar músculos. Você também precisa se livrar dos maus hábitos, como comer muito doce. Desenvolver a força mental também necessita de bons hábitos e de destruir os maus, como é o caso da autopiedade. Desenvolver uma habilidade regular para melhorar seus pensamentos, gerenciar suas emoções e se comportar de forma produtiva apesar das circunstâncias, fará com que você cresça e se torne melhor.

 

(*) Amy Morin é psicoterapeuta norte-americana e autora de “13 coisas que pessoas mentalmente fortes não fazem”, um bestseller que está sendo traduzido para mais de 20 línguas.

 

Vídeo: Elias Azevedo escreveu um belo texto sobre a autopiedade. Graça Maciel o transformou no vídeo que reproduzimos abaixo, usando como música de fundo a composição para piano “Horizon of Hope”, de Ernesto Cortázar.

 

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