Por: Equipe Oásis
Fonte: Site www.luispellegrini.com.br
Uma descoberta que alegra o coração dos zoólogos: o cão selvagem das montanhas da Nova Guiné (Canis dingo hallstromi), o mais raro e antigo canídeo selvagem ainda existente, por muitos considerado um fóssil vivo, não foi extinto na natureza como se supunha. Uma recente expedição encontrou uma população numerosa e saudável, com filhotes e fêmeas grávidas, nas montanhas de Puncak Jaya, a 4000 metros de altitude.
A matilha completa
Pela primeira vez em meio século foi possível observar, estudar e fotografar uma população de pelo menos 15 exemplares entre machos, fêmeas e filhotes, vivendo completamente isolados dos homens e, evidentemente, muito hábeis em se esconder. As duas únicas fotos recentes datavam de 2005 e 2012, mas faltava a confirmação do DNA, o que agora foi possível obter.
Uma pegada encontrada no barro em setembro de 2016, e atribuída ao mamífero, levou os cientistas da Universidade de Papua a vasculhar as florestas de grande altitude da ilha, entre os 3460 e os 4500 metros, zona onde o canídeo se encontra no topo da cadeia alimentar.
Telecâmeras escondidas obtiveram 140 imagens desses cães, e as análises do DNA do material fecal confirmaram a sua ligação com o dingo australiano e com o cão cantor da Nova Guiné, do qual o cão selvagem pode ser o antepassado direto (embora a classificação taxonômica ainda não seja clara). Segundo evidências fósseis a espécie pode ter chegado à ilha junto com o homem – ou de maneira independente – há pelo menos 6 mil anos.
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