Animais do zoo de Washington previram terremoto
No Smithsonians National Zoological Park, de Washington, muitos animais mudaram subitamente seu comportamento habitual momentos antes do ltimo terremoto
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No litoral da Indonésia atingido pelo terrível tsunami de 2004, horas antes do desastre acontecer, vários elefantes domestiados arrebentaram as correntes que os prendiam e fugiram para o alto de colinas próximas. Também horas antes do terremoto que devastou a cidade de Áquila, na Itália central, bandos de sapos se deslocaram para áreas mais altas. Em 1975, na China, serpentes e rãs despertaram da letargia invernal semanas antes de acontecer um terremoto de magnitude 7,3. Estes são apenas alguns dos relatos análogos que, desde a antiguidade, falam da misteriosa capacidade que vários animais parecem ter de prever catástrofes naturais próximas, e de tentar se proteger delas. Contudo, até agora, não fora possível produzir provas científicas desse curioso fenômeno.
As provas acabam de surgir, graças ao terremoto de terça-feira, 23 de agosto último, que atingiu a costa leste dos Estados Unidos, com epicentro no Estado da Virgínia.
Ninguém, em Washington, percebeu que um sismo de grandes proporções estava se aproximando. Melhor dizendo, ninguém humano. Pois, no Smithsonian’s National Zoological Park, um dos maiores do país, muitos animais mudaram subitamente seu comportamento habitual diante dos olhar atônito de seus tratadores, indicando que, para eles, algo de anormal estava para acontecer.
Cerca de 10 segundos antes do terremoto, vários macacos abandonaram seus lugares de alimentação e subiram para o alto das árvores. Também os flamingos demonstravam ter percebido alguma coisa: todos os indivíduos do numeroso bando que vive no zôo se reuniram em grupo cerrado pouco antes que a terra começasse a tremer, e assim permaneceram durante toda a duração do sismo.
Mais incrível anda foi o comportamento dos lêmures, em particular os da variedade vermelha (Varecia rubra), que começaram a lançar alarmes de perigo 15 minutos antes do terremoto. Alarmes que repetiram poucos segundos antes que a terra começasse a vibrar. Demonstrando medo, um elefante do zoo se escondeu e, depois do terremoto, se recusou a sair do esconderijo para comer.
Embora não tenha provocado importantes danos materiais, o terremoto de 5.8 graus foi claramente sentido em toda a área do Smithsonian’s National Zoological Park. Todos os animais, funcionários e visitantes foram salvos. Mas os tratadores, que no momento do sismo alimentavam os animais, relataram estranhas mudanças no comportamento deles.
O terremoto atingiu as instalações dos grandes primatas exatamente no momento em que estavam sendo alimentados. Cerca de 5 a 10 segundos antes do sismo, muitos macacos, incluindo Kyle (um orangotango) e Kojo (um gorila da planície africana), abandonaram a comida e subiram para o alto das estruturas que imitam árvores no recinto.
Alguns segundos antes, Mandara (uma gorila) dera um grito estridente, agarrara o seu bebê, Kibibi, e também fora para o alto da estrutura.
Iris (um orangotango) começou a vocalizar rugidos – sons que a espécie normalmente reserva para exprimir estados de extrema irritação – bem antes do terremoto, e continuou essas vocalizações durante todo o tempo de duração do sismo.
Os lêmures ruivos começaram a emitir chamados de alarme cerca de 15 minutos antes do terremoto, e o fizeram novamente assim que o sismo terminou. Os macacos berradores também emitiram gritos de alarme ao final do terremoto.
No serpentário, todas as cobras começaram a se retorcer durante o terremoto. Normalmente, elas permanecem inativas durante o dia. Murphy, o dragão de Komodo do zôo, procurou abrigo em sua toca.
Tratadores estavam alimentando os castores e algumas espécies de patos e marrecos quando o terremoto atingiu a lagoa onde eles vivem. As aves imediatamente pularam na água. Os castores pararam de comer, levantaram-se sobre suas pernas traseiras e olharam ao redor para, em seguir, correrem para a água. Todos permaneceram na lagoa por cerca de uma hora, quando alguns castores voltaram à terra para continuar se alimentando.
Todos os leões esqueceram seu orgulho e permaneceram agachados no chão, olhando fixamente para o edifício que lhes serve de abrigo.
Damai (uma fêmea de tigre da Sumatra) durante todo o tempo de duração do terremoto deu saltos enlouquecidos. Seu comportamento voltou ao normal depois do sismo.
Durante o terremoto, todos os exemplares de algumas espécies de veados abandonaram seus recintos cobertos e começaram a correr, agitados, por toda a área reservada para eles.
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