Zelensky rejeita cenário de conflito congelado independentemente do resultado da contraofensiva

O progresso da contraofensiva tem sido "mais lento do que o desejado", admitiu o líder ucraniano

Volodymyr Zelensky
Volodymyr Zelensky (Foto: Reuters/Gleb Garanich)


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247 - A opção de congelar o conflito permanece inaceitável para a Ucrânia, apesar do fato de que sua contraofensiva está progredindo mais lentamente do que o esperado, disse o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky nesta quarta-feira (21).

"Não importa o quanto avancemos em nossa contraofensiva, não concordaremos com um conflito congelado porque isso é guerra, é um desenvolvimento sem perspectivas para a Ucrânia", disse Zelensky à BBC.

O progresso da contraofensiva tem sido "mais lento do que o desejado", admitiu o líder ucraniano, desaconselhando a expectativa de resultados imediatos. "Algumas pessoas acreditam que este é um filme de Hollywood e esperam resultados agora. Não é", disse ele.

A Ucrânia lançou sua contraofensiva há muito anunciada no início de junho, após vários adiamentos. De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, as tropas ucranianas tentam, mas não conseguem, avançar em três direções: Donetsk do Sul, Bakhmut e Zaporizhzhia, sendo esta última o foco principal.

Nesta segunda-feira (19), o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou que a aliança não aceitará o congelamento do conflito na Ucrânia como parte de um tratado de paz com a Rússia. "Todos nós queremos que esta guerra acabe, mas uma paz justa não pode significar congelar o conflito e aceitar um acordo ditado pela Rússia", disse Stoltenberg em entrevista coletiva conjunta com o chanceler alemão Olaf Scholz.

O chefe da Otan destacou ainda que o sucesso da contraofensiva ucraniana é muito importante para as futuras negociações de paz, pois fortalecerá a posição negociadora do país. Ele também reiterou que a Otan não é parte no conflito e apenas apoia a Ucrânia em seu direito de autodefesa.

Os países da Otan têm fornecido ajuda militar à Ucrânia desde o início das hostilidades em fevereiro de 2022. O apoio evoluiu de munições de artilharia leve e treinamento em 2022 para armas mais pesadas, incluindo tanques, no final daquele ano e em 2023. Nos últimos meses, a Ucrânia vem pressionando para ser abastecida com caças. O Kremlin alertou repetidamente contra novas entregas de armas a Kiev.

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