Zelensky ameaça boicotar reunião da Otan se não receber plano de adesão
Presidente ucraniano exige garantias de segurança e roteiro de adesão para participar do evento
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247 - O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, ameaçou boicotar a cúpula da Otan na Lituânia em julho, a menos que a aliança forneça as garantias de segurança que Kiev deseja, informou o Financial Times na quarta-feira (31), citando fontes familiarizadas com o assunto. Zelensky deixou claro aos líderes da Otan que não participará da cúpula em Vilnius sem garantias concretas de segurança e um roteiro de adesão, afirmou o jornal. A Ucrânia formalmente solicitou adesão ao bloco liderado pelos Estados Unidos em setembro de 2022, argumentando que a defesa coletiva oferecida aos membros é necessária para a segurança de Kiev contra a Rússia, destaca o site russo RT.
O artigo 5 do Tratado do Atlântico Norte estipula que um ataque armado contra um membro da OTAN "será considerado um ataque contra todos eles". Embora o pedido da Ucrânia tenha sido fortemente apoiado pelos países nórdicos, bálticos e pela Polônia, o presidente francês, Emmanuel Macron, sugeriu na quarta-feira que Kiev poderia receber "algo entre a segurança fornecida a Israel e a adesão plena". O Financial Times citou quatro autoridades não identificadas em abril, afirmando que os Estados Unidos e a Alemanha eram contra oferecer "laços mais estreitos" a Kiev, incluindo um possível roteiro. "Procuraremos maneiras de apoiar as aspirações euro-atlânticas da Ucrânia, mas no momento as necessidades imediatas são práticas e, portanto, devemos nos concentrar no fortalecimento da defesa e das capacidades de dissuasão da Ucrânia", afirmou Dereck Hogan, principal autoridade do Departamento de Estado responsável pelos assuntos europeus, no mês passado.
A primeira-ministra lituana, Ingrida Simonyte, anfitriã do evento da Otan em 11 e 12 de julho, foi citada pela Reuters na sexta-feira passada, dizendo que seria "muito triste" se alguém pudesse interpretar o resultado da cúpula de Vilnius como "uma vitória da Rússia". Moscou vê a expansão da OTAN em direção ao leste como uma ameaça à sua segurança nacional e citou a política de portas abertas do bloco como motivo para o conflito militar com a Ucrânia. O vice-ministro das Relações Exteriores russo, Mikhail Galuzin, disse recentemente que a neutralidade da Ucrânia era uma das condições para uma paz duradoura entre Ucrânia e Rússia.
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