Zakharova elogia líderes que propõem a paz na Ucrânia
É o caso, por exemplo, do presidente Lula
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São Petersburgo, TASS – Iniciativas de paz para o estabelecimento de um acordo no conflito ucraniano propostas por vários países contêm ideias que podem funcionar, afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, em entrevista à TASS.
Questionada por um correspondente da TASS no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF) de 2023 se havia ideias viáveis nos planos de solução pacífica propostos por outros países, Zakharova respondeu "claro que sim".
"Reitero que somos gratos a todos os países, a todos os estados ou a todas as figuras públicas - porque muitas iniciativas foram propostas pessoalmente por figuras proeminentes, internacionalistas; somos gratos a todos que falam sobre paz, que falam sobre uma solução pacífica e que desejam ser úteis nessa questão", disse ela.
"Há ideias interessantes que podem funcionar. Existem ideias que estão em sintonia com nossas abordagens e, por exemplo, inclui a iniciativa chinesa", continuou ela.
Zakharova enfatizou que o principal problema é que tais iniciativas estão sendo bloqueadas "pelo regime de Kiev, que se proibiu" de realizar qualquer negociação com a Rússia.
"Tudo isso foi bloqueado por [o presidente ucraniano Vladimir] Zelensky, porque esse conceito foi estabelecido por Washington. Washington segue o conceito de 'matar o maior número possível de russos'. Esse conceito foi expresso por representantes proeminentes do establishment político dos EUA, incluindo [o ex-presidente dos EUA] George Bush Jr. e o senador [Lindsey] Graham", disse Zakharova.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia acrescentou que Washington adere ao conceito de dominação absoluta no mundo e derrota estratégica da Rússia.
"Eles costumavam falar sobre isso e documentaram isso como desmembramento. Mas agora, de alguma forma, eles estão tentando voltar atrás publicamente - quero dizer, declarações e conceitos anteriormente expressos pelos diplomatas dos EUA - pois agora eles dizem que isso não é desmembramento da Rússia, mas uma espécie de punição para a Rússia", afirmou ela.
"Embora possa parecer não ser importante, eles o moldaram com uma formulação precisa", disse Zakharova.
"Por isso, essa questão não se trata da essência das iniciativas propostas, mas sobre a incapacidade da Ucrânia de avançar em direção à paz por causa do bloqueio imposto por cientistas políticos de Washington. Eles [cientistas políticos dos EUA] têm uma visão completamente diferente do futuro da Ucrânia", continuou ela.
Segundo ela, os Estados Unidos não têm interesse em uma Ucrânia próspera e, além disso, independente, pois veem este país como uma ferramenta de influência sobre a Rússia e a região como um todo.
"Portanto, vemos sua projeção relevante sobre a China e a União Europeia", continuou ela. "Isso ocorre porque a Rússia não é o objetivo final para Washington nesse jogo. Seu objetivo é definitivamente a China, e eles [Washington] enlouquecem com o ritmo de seu crescimento econômico, com seu desenvolvimento tecnológico, com seu curso independente, com suas capacidades, com sua determinação, com sua parceria firmada com outros países", disse Zakharova.
"Eles [Washington] também humilham e causam problemas para a União Europeia o máximo que podem, enquanto os consideram [UE] parceiros confiáveis, aliados e queridos amigos", acrescentou Zakharova.
O 26º Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF) - o principal evento econômico e empresarial anual da Rússia - está sendo realizado de 14 a 17 de junho. O tema do fórum deste ano é: "Desenvolvimento soberano como base de um mundo justo: unindo forças para as gerações futuras". A TASS é a parceira oficial de informações do evento.
O programa de negócios ampliado do SPIEF oferece aos participantes a oportunidade de participar de mais de 140 sessões com mais de 1.000 moderadores e palestrantes, de acordo com o organizador do evento, Fundação Roscongress.
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