Uruguai considerou entrar em guerra contra Argentina em 2007, diz ex-presidente

Ameaa de instalao de fbrica poluente no rio Uruguai causou crise; Tabar Vazquez falou sobre possvel guerra em palestra escolar



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O site de notícias internacionais Opera Mundi acaba de publicar notícia a respeito de afirmação do ex-presidente do Uruguai, Tabaré Vazquez, de que o governo do país considerou declarar guerra à Argentina em razão de uma questão comercial, em 2007. Abaixo, a notícia:

Opera Mundi - O ex-presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, revelou nesta terça-feira (11/10) que considerou a hipótese de entrar em um conflito armado com a Argentina em 2007. Na ocasião, os países passavam por um momento de crise diplomática pela instalação de uma fábrica de celulose às margens do rio Uruguai, na fronteira entre os dois países.

Durante uma palestra em uma escola uruguaia, Vázquez afirmou que pediu apoio do então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e de sua secretária de Estado, Condoleezza Rice na resolução do entrave.

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“Eu considerei todos os cenários, de que não acontecesse nada, de que um dia acordássemos e o problema estivesse resolvido, até que houvesse um conflito bélico”, explicou.

Em um vídeo gravado no evento, é possível escutar um trecho da palestra, na qual o uruguaio afirma que o conflito com a Argentina era “muito sério”. “Um presidente tem a obrigação de considerar todos os cenários possíveis que possam se apresentar diante de determinado problema, e não esperar que o problema surja para ver o que fazer”, explicou.

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Segundo informações do jornal uruguaio El Observador, o ex-presidente revelou também que, no ápice das tensões com o país vizinho, chegou a se reunir com os comandantes das Forças Armadas para discutir a situação. Os militares teriam respondido na ocasião que poderiam “fazer uma luta de guerrilha” contra a Argentina.

Em março deste ano, despachos secretos filtrados pelos Wikileaks e publicados por jornais de Montevidéu revelaram fortes críticas do então ministro de Indústria uruguaio, Jorge Lepra, ao país vizinho, em 2006. Em encontro com o encarregado de negócios da delegação diplomática dos EUA, James Nealon, Lepra teria afirmado que o governo do Uruguai encarava as divergências com a Argentina com “seriedade”.

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Segundo o despacho assinado por Nealon, o ministro uruguaio teria pedido sugestões de quem poderia ajudar na resolução do conflito e afirmado que “quando um ‘hermano’ bate na cara de outro ‘hermano’, é preciso que um tio mais velho ponha um ponto final no assunto”. Lepra também teria se referido à administração do então presidente Néstor Kirchner como “a pior cara do partido peronista”.

No despacho, o diplomata norte-americano afirmou ainda estar “surpreso” com o tom do ministro uruguaio, devido aos “duros comentários sobre o governo justicialista da Argentina, o qual [Lepra] considerou ser mais ‘camisas pardas’ (em referência aos nazistas de Hitler) que de esquerda” e à menção de que “nos tempos em que [o ex-presidente] Juan Domingo Perón proibiu os uruguaios de entrar na Argentina durante a década de 1950".

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