Universidade de Coimbra demite diretor do Centro de Estudos Russos em meio a acusações de ‘propaganda russa’

A demissão do professor russo, que já estava aposentado e trabalhava de forma voluntária na universidade, ocorreu sem envolvimento de processos disciplinares

(Foto: Divulgação | UC | F. Fernandes)


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247 — O diretor do Centro de Estudos Russos da Universidade de Coimbra, Vladimir Pliassov, foi demitido após ser acusado de propagar ideias russas por dois ativistas ucranianos residentes em Coimbra. O reitor da universidade, Amílcar Falcão, recusou-se a divulgar os supostos fatos que levaram à demissão, alegando que não era necessário um processo disciplinar para tomar essa decisão.

A demissão do professor russo, que já estava aposentado e trabalhava de forma voluntária na universidade, ocorreu sem envolvimento de processos disciplinares. O reitor esclareceu que não havia dinheiro envolvido no vínculo entre a universidade e Pliassov, que mantinha uma relação de trabalho "a título gracioso". Amílcar Falcão não revelou quando soube das acusações e se referiu ao comunicado divulgado pela universidade, que mencionava que as atividades do Centro de Estudos Russos estariam extrapolando seu propósito original.

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Os ativistas ucranianos acusaram Vladimir Pliassov de disseminar propaganda russa na Universidade de Coimbra e de ser o principal representante em Portugal da Fundação Russkiy Mir. Além disso, afirmaram que ele utilizava símbolos relacionados com a invasão da Ucrânia, como a fita de São Jorge, símbolo que representa a vitória do povo soviético contra a invasão nazista na Segunda Guerra Mundial. O professor russo, que está na universidade desde 1988, negou todas as acusações, descrevendo-as como calúnias, difamação e fantasia. Ele manifestou interesse em conversar com o reitor para compreender por que acreditou nos ativistas ucranianos em vez de confiar em um professor com 35 anos de serviço na instituição.

A demissão do diretor do Centro de Estudos Russos da Universidade de Coimbra gerou controvérsia. O caso continua sendo objeto de debate e aguarda-se uma possível resolução por meio de esclarecimentos adicionais por parte das partes envolvidas.

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