Unesco admite Palestina como membro pleno

Enquanto aguardam deciso para se tornarem membros plenos da ONU, palestinos pediram separadamente a entrada na Unesco, brao da Educao, Cincia e Cultura da Organizao

Unesco admite Palestina como membro pleno
Unesco admite Palestina como membro pleno (Foto: Ali Hashisho/REUTERS)


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A agência da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) admitiu nesta segunda-feira a Palestina como membro pleno da entidade, numa votação ocorrida na assembleia geral da Unesco realizada em Paris. "A Assembleia Geral decidiu admitir a Palestina como membro da Unesco", diz a resolução adotada por 107 dos 193 países integrantes.

Os palestinos tentam se tornar membros plenos da Organização das Nações Unidas (ONU), mas como isso deve demorar algum tempo, eles pediram separadamente a entrada na Unesco.

Para Abbas, decisão da Unesco foi "vitória da justiça"

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O presidente palestino Mahmoud Abbas elogiou nesta segunda-feira a decisão da agência da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) de aceitar os territórios palestinos como membro pleno da entidade como uma "vitória" para os direitos de seu povo. "A aceitação da Palestina pela Unesco é uma vitória para os (nossos) direitos e para nossa liberdade", disse seu porta-voz Nabil Abu Rudeina, citando o líder palestino em ligação telefônica de Amã.

A resolução desta segunda-feira da organização de 193 países membros foi aprovada por 107 votos a favor e 14 contra. O sucesso na Unesco é um passo significativo na busca palestina de conquistar o reconhecimento da Palestina na Organização das Nações Unidas, disse Abu Rudeina. "Nós acreditamos que o mundo todo ficou com o povo palestino hoje e que esse foi um voto em favor do estabelecimento do Estado da Palestina o mais rápido possível", disse ele.

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Abbas apresentou um pedido formal de adesão à ONU em 23 de setembro e o Conselho de Segurança deve ser reunir em 11 de novembro para debater a questão e provavelmente votá-la. "A Palestina vai cumprir todos os códigos internacionais e será uma adição qualitativa à Unesco", disse o negociador palestino Saeb Erekat à agência France Presse. "Assim, poderemos preserva a herança cultural palestina."

A Casa Branca afirmou que a adesão da Palestina à Unesco como membro pleno foi "prematura" e um fator que prejudica os esforços internacionais de paz. "O voto de hoje na Unesco para admitir a Autoridade Palestina é prematuro e prejudica o objetivo comum da comunidade internacional sobre uma paz ampla, justa e duradoura no Oriente Médio", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

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EUA cortam doações à Unesco após adesão palestina

O governo dos Estados Unidos disse que vai interromper suas contribuições financeiras à Unesco de admitirem a Palestina como um membro pleno da organização. A Casa Branca reconheceu que vai perder seu direito ao voto na Unesco se não fizer os pagamentos nos próximos dois anos e disse que o governo de Barack Obama terá de consultar o Congresso sobre o impacto da medida nos interesses norte-americanos.

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“Nós teríamos de fazer um pagamento de US$ 60 milhões para a Unesco em novembro e não faremos este pagamento”, disse a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, aos jornalistas. Segundo ela, a admissão palestina "dispara restrições legislativas de longa data, que vão obrigar os Estados Unidos a se absterem de fazer contribuições à Unesco".

Nos anos 1990, os Estados Unidos e Israel proibiram o financiamento de qualquer organização ligada à ONU que aceite os palestinos como membros plenos. Os Estados Unidos são responsáveis por cerca de 22% do orçamento anual da Unesco. O pagamento de novembro é uma parcela da contribuição dos Estados Unidos à organização, que segundo autoridades norte-americanas soma US$ 80 milhões por ano.

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Apesar do impacto sobre as contas da Unesco, esta não será a primeira vez que o governo norte-americano deixa de fazer suas contribuições. No governo do presidente Ronald Reagan os Estados Unidos saíram da Unesco, só retornando duas décadas mais tarde, com o presidente George W. Bush.

Nuland repetiu declarações anteriores da Casa Branca de que a admissão da Palestina na Unesco como membro pleno foi "prematura" e prejudicial aos esforços de paz internacionais e às expectativas de conversações diretas para um Estado palestino. A decisão "é lamentável, prematura e prejudica o objetivo comum da comunidade internacional sobre uma paz ampla, justa e duradoura no Oriente Médio", afirmou Nuland.

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Nuland disse que os Estados Unidos estão cientes de que seus próprios interesses podem ser prejudicados pela retenção de financiamento à Unesco. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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