Uganda dá asilo a Kadafi. Obama dá arma a rebeldes

Porta-voz do pas africano oferece asilo poltico para o ditador da Lbia; cujo chanceler renunciou.EUA,num acordo secreto,oferecem armamentos aos rebeldes



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247 (com informações da Agência Estado) - Está confirmada a possibilidade de o ditador da Líbia, Muamar Kadafi, conseguir asilo político, como vem apontando o noticiário de Brasil 247. Nesta quarta-feira 30, um porta-voz do governo de Uganda anunciou a proposta de receber no país o ditador líbio e sua família, caso ele peça asilo político. Fontes ouvidas pelas agências internacionais acreditam que a oferta tem a ver, diretamente, com os movimentos do primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, que tem atuado como uma espécie de aliado de Kadafi, de quem é amigo pessoal. Berlusconi ordenou a retirada de equipamentos militares italianos da coalizão internacional que bombardeia a Líbia e afirmou "ter pena" do coronel. O porta-voz do presidente Yoweri Museveni, de Uganda, registrou que o país tem uma ampla política de aceitar exilados em razão do fato de milhares de ugandenses terem sido obrigados a deixar o país durante a ditadura de Idi Amin Dada. Em tempo: Museveni está no poder há 25 anos.

Há poucos instantes, a agência de notícias Reuters informou que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou uma autorização secreta para que seu governo forneça armas aos exércitos rebeldes. A notícia pode causar enorme constrangimento ao governo americano. No passado, a administração de Ronald Reagan sofreu abalos com o escândalo "Irã-Contra", quando se descobriu que os Estados Unidos financiavam tentativas de golpes no Oriente Médio. O mesmo ocorreu em El Salvador.

Na Líbia, o dia foi de intensos combates. Kadafi recuperou o controle de Ras Lanuf, o principal enclave petrolífero da Líbia. No entanto, seu chanceler, Moussa Koussa, renunciou ao cargo e partiu para Londres. Nos Estados Unidos, em entrevista à rede NBC, Obama admitiu que o objetivo da intervenção militar na Líbia é "retirar Kadafi do poder".

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A Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, na sigla em inglês) também infiltrou agentes na Líbia para levantar informações a serem usadas em ataques aéreos e para fazer contato com os rebeldes que lutam contra as forças leais ao coronel Muamar Kadafi, informa o jornal norte-americano New York Times.

O jornal baseia-se em fontes no serviço de espionagem internacional dos EUA para informar que os espiões presentes na Líbia incluem agentes que já trabalhavam na sucursal da CIA em Trípoli e outros que chegaram recentemente ao país. A Grã-Bretanha também mantém dezenas de agentes secretos em atividade na Líbia no momento, prossegue o jornal, citando fontes britânicas.

 

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