Ucrânia não guarda segredos da CIA, afirma Zelensky

O presidente ucraniano admitiu ter laços estreitos com a agência dos EUA, mas deseja que eles permaneçam “nos bastidores”

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky
Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (Foto: REUTERS)


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RTKiev não guarda "nenhum segredo" da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), admitiu o presidente Vladimir Zelensky. Ele fez essas declarações em uma entrevista exclusiva à CNN, transmitida na segunda-feira, expressando "surpresa" com o fato de sua recente reunião com o chefe da CIA, William Burns, ter se tornado notícia na mídia.

"Minha comunicação com o chefe da CIA deve ser sempre nos bastidores. Discutimos coisas importantes - o que a Ucrânia precisa e como a Ucrânia está preparada para agir", afirmou Zelensky.

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Kiev continua em estreita cooperação com a agência de espionagem americana, admitiu Zelensky, acrescentando que o país praticamente não tem segredos da CIA. As agências de espionagem ucranianas mantêm contato com a CIA, acrescentou ele, sem especificar quais agências estão envolvidas.

"Nós não temos nenhum segredo da CIA porque temos boas relações e nossos serviços de inteligência conversam entre si", explicou Zelensky.

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"A situação é bem simples. Temos boas relações com o chefe da CIA e estamos conversando. Eu lhe falei sobre todas as coisas importantes relacionadas ao campo de batalha que precisamos", afirmou Zelensky.

A mídia americana noticiou a mais recente visita de Burns a Kiev no fim de semana. Além de se reunir com Zelensky, o diretor da agência também teria conversado com autoridades ucranianas de inteligência não especificadas.

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"O diretor Burns viajou recentemente para a Ucrânia, como tem feito regularmente desde o início da agressão russa há mais de um ano", disse um oficial anônimo dos EUA à CNN.

"Assim como em outras viagens, o diretor se reuniu com seus homólogos de inteligência ucranianos e o presidente Zelensky, reafirmando o compromisso dos EUA em compartilhar informações de inteligência para ajudar a Ucrânia a se defender contra a agressão russa".

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Além de reconhecer os laços estreitos entre Kiev e a CIA, Zelensky reiterou seus objetivos de guerra, mais uma vez prometendo conquistar a Península da Crimeia.

A Crimeia se separou da Ucrânia após o golpe de Maidan em 2014, votando esmagadoramente para se unir novamente à Rússia em um referendo.

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"Não conseguimos imaginar a Ucrânia sem a Crimeia. E enquanto a Crimeia estiver sob ocupação russa, significa apenas uma coisa: a guerra ainda não acabou", enfatizou Zelensky, acrescentando que qualquer cenário sem a retomada da Crimeia da Rússia não seria considerado uma "vitória" para o país.

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