Turquia reduz importação de petróleo iraniano
ltimo grande consumidor da commoditie do pas cedeu a presso do governo americano, que imps sanes econmicas ao regime de Mahmoud Ahmadinejad
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Fillipe Mauro _Opera Mundi - Após três meses de resistência ao novo pacote de sanções econômicas impostas pelos EUA sobre o regime de Mahmoud Ahmadinejad, a Turquia tornou-se nesta sexta-feira (30/03) o último grande consumidor de petróleo do Irã a cortar parte de seu fornecimento da commoditie.
A redução de 20% dessas importações foi anunciada pela Tupras, a maior indústria petroquímica do país, e contradiz as críticas do governo de Ankara ao que classificou como política unilateral norte-americana.
O novo cenário foi desenhado após um anúncio feito pelo presidente Barack Obama também nesta sexta-feira. Em um memorando, ele considerou que o mundo possui reservas petrolíferas suficientes, o que abriria espaço para novas sanções sobre o Irã sem o temor de um estremecimento na oferta do produto para a comunidade internacional.
As novas sanções engendradas pelos EUA não atingem diretamente as corporações ou países importadores de petróleo iraniano. Contudo, sob essas condições, a insistência nas relações comerciais com Teerã implicará no bloqueio do acesso ao sistema financeiro norte-americano. No caso da Turquia, a principal vítima dessa barreira seriam os ativos do maior banco estatal do país, o Halkbank.
Um dos alicerces que reforçaram a determinação dos EUA no isolamento do Irã foi a garantia de que a Arábia Saudita, maior produtor de petróleo do mundo, supriria toda a demanda adicional do mercado internacional.
Taner Yildiz, ministro turco da Energia, revelou que seu país remediaria 10% de seus cortes com fornecimentos da Líbia, ou, eventualmente, da Arábia Saudita. Só no ano passado, a Turquia consumiu 180 mil barris iranianos por dia, o equivalente a aproximadamente 7% das exportações de petróleo de Teerã.
Ironicamente, há menos de um dia, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, encerrou uma visita ao Irã, onde reforçou o interesse das duas nações em enrijecer seus laços econômicos.
A Turquia agora se junta a nações como Japão e África do Sul que são também grandes consumidoras da commoditie iraniana, mas que decidiram ceder à nova série de embargos.
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