Suprema Corte dos EUA bloqueia medida de Biden que perdoava empréstimos estudantis

Os juízes decidiram contra Biden em uma decisão de 6 x 3, favorecendo seis Estados de tendência conservadora que se opuseram à medida

Suprema Corte dos Estados Unidos
Suprema Corte dos Estados Unidos (Foto: Will Dunham/Reuters/Direitos reservados)


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(Reuters) - A Suprema Corte dos Estados Unidos infligiu uma derrota dolorosa ao presidente Joe Biden nesta sexta-feira, bloqueando seu plano de cancelar 430 bilhões de dólares em dívidas de empréstimos estudantis -- uma medida que pretendia beneficiar até 43 milhões de norte-americanos e cumprir uma promessa de campanha.

Os juízes decidiram contra Biden em uma decisão de 6 x 3, favorecendo seis Estados de tendência conservadora que se opuseram à medida. A ação do tribunal foi um golpe para os 26 milhões de mutuários norte-americanos que solicitaram alívio da dívida após Biden anunciar o plano, em agosto de 2022, e um revés político para o presidente democrata.

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O presidente do tribunal, o conservador John Roberts, junto com o restante dos membros conservadores da corte, redigiu a decisão, em oposição aos três juízes progressistas da corte.

"A partir de algumas situações estreitamente delineadas, especificadas pelo Congresso, o secretário expandiu o perdão para quase todos os mutuários no país", disse Roberts, referindo-se ao secretário de educação dos EUA.

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Biden planeja anunciar novas ações nesta sexta-feira para proteger os tomadores de empréstimos estudantis em decorrência da decisão, disse uma fonte da Casa Branca.

Arkansas, Iowa, Kansas, Missouri, Nebraska e Carolina do Sul foram os Estados que contestaram o alívio da dívida de Biden.

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O plano de Biden cumpria sua promessa de campanha de 2020 de cancelar uma parte do 1,6 trilhão de dólares em dívidas federais de empréstimos estudantis, mas foi criticado pelos republicanos, que o consideraram um exagero de sua autoridade e um benefício injusto para mutuários com formação universitária, enquanto outros mutuários não receberam tal alívio. Biden busca a reeleição no ano que vem.

A decisão veio um dia depois que a Suprema Corte efetivamente proibiu ações afirmativas usadas há muito tempo por universidades norte-americanas para aumentar o número de estudantes negros, hispânicos e de outras minorias sub-representadas. Biden disse na quinta-feira que o tribunal, com sua maioria conservadora, era uma instituição desconectada dos valores básicos do país.

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Cerca de 53% dos norte-americanos dizem apoiar o alívio da dívida de Biden, enquanto 45% são contra, segundo uma pesquisa Reuters/Ipsos de março. Os entrevistados se dividiram claramente ao longo das linhas partidárias, sendo os democratas amplamente favoráveis ​​e os republicanos geralmente contrários à medida.

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