Strauss-Kahn é salvo por prescrição de crime
Procuradoria de Paris atesta que a jornalista francesa foi agredida sexualmente pelo ex-chefe do FMI, mas segundo a Constituio, os fatos so velhos demais para serem julgados
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Roberta Namour – correspondente do 247 em Paris – Parece até piada de mau gosto. A Procuradoria de Paris confirmou a tentativa de estupro da jornalista francesa Tristane Banon pelo ex-diretor geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, durante uma entrevista, em 2003. Mesmo assim, o processo foi arquivado e DSK liberado. Motivo ? De acordo com a Constituição, os fatos são prescritos após três anos. E como a ação só foi movida em julho de 2011, após o caso de agressão sexual contra a camareira Nafissatou Diallo, em Nova York, a acusação não pode ter continuidade.
Dominique Strauss-Kahn assinou seu atestado de culpa, segundo uma fonte judiciária, no momento em que confessou à investigação que tentou beijar Tristane Banon em um apartamento. « Ele não considera que tenha a agredido sexualmente, mas essa é sua versão. Para o magistrado, isso pode legitimar a tentativa de estupro », disse. A jovem francesa teve sua honra preservada, mas mais uma vez, DSK saiu impune da condenação penal.
O advogado da acusação, David Koubbi, garantiu que dará início a um processo civil contra Strauss-Kahn. « A decisão da Procuradoria, embora insatisfatória, constitui uma primeira vitória a senhorita Banon, que conseguiu provar que sua denúncia não era fruto de sua imaginação, como muitos disseram », completou.
Do seu lado, o advogado do ex-chefe do FMI comemorou a consquista de seu cliente. « Quando alguém é alvo de uma ação que é posteriormente arquivada quer dizer que é inocente », disse Frédérique Beaulieu à BFMTV.
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