Senador americano bloqueia venda de armas para a Hungria por impedir candidatura da Suécia à OTAN
A decisão do senador acontece na mesma semana em que o secretário-geral da OTAN visitou a Casa Branca em um esforço para coordenar estratégias para a cúpula da Aliança Atlântica
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Sputnik - Principal republicano no Comitê de Relações Exteriores do Senado dos EUA, Jim Risch, informou hoje (14) que está bloqueando a venda de armas para a Hungria pelo fato de Budapeste se recusar a aprovar a candidatura da Suécia para ingressar na OTAN.
Em uma declaração ao The Washington Post nesta quarta-feira (14), Risch disse que a Hungria deve permitir a entrada do país escandinavo na aliança se quiser o pacote de armas, que inclui 24 baterias de lançadores de foguetes Himars e mais de 100 foguetes e pods, junto a peças e suporte associados. O valor da compra é de US$ 735 milhões (R$ 3,5 bilhões).
"Há algum tempo, expressei diretamente minhas preocupações ao governo húngaro em relação à sua recusa em avançar com a votação para a adesão da Suécia à OTAN. Agora ser junho e nada acontecer, decidi que a venda de novos equipamentos militares dos EUA para a Hungria será suspensa", declarou Risch.
A mídia relembra que, no sistema político norte-americano, todas as vendas significativas de armas exigem que o presidente e os membros graduados dos Comitês de Relações Exteriores do Senado e da Câmara deem autorização e aprovação antes que a venda seja notificada publicamente pelo Departamento de Estado. Portanto, a objeção de Risch impede que o Departamento de Estado avance no processo de venda.
A decisão do senador acontece na mesma semana em que o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, visitou a Casa Branca em um esforço para coordenar estratégias para a cúpula da Aliança Atlântica neste verão na Lituânia, na qual Joe Biden e Stoltenberg esperam anunciar o progresso na tentativa de Estocolmo de ingressar na aliança militar.
A Hungria, segundo a mídia, não anunciou publicamente seu pedido de compra do Hirmars, mas o jornal húngaro Szabad Europa informou em janeiro que Budapeste estava considerando uma compra, citando funcionários do Ministério da Defesa, segundo o The Washington Post.
Os sistemas de foguetes, creditados por elevar a capacidade da Ucrânia no conflito com a Rússia, já estão em posse ou encomendados por muitos dos países no flanco leste da OTAN. A Polônia recebeu sua primeira entrega de M142 Himars no mês passado e pretende comprar cerca de 500 mais.
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