S.O.S. Japão

A maior crise desde a Segunda Guerra:4 mil mortos, milhares de desaparecidos e 600 mil pessoas evacuadas de seus lares diante do risco de exploses nucleares. Catstrofe dissemina onda de solidariedade. Saiba como doar de forma segura



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Ajude a salvar o Japão

“A pior crise desde a Segunda Guerra mundial”. Essa foi a definição dada pelo primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, à crise que devasta o país desde o terremoto da última sexta-feira. O país já contabiliza mais de 4 mil mortos, milhares de desaparecidos e 600 mil pessoas evacuadas das regiões próximas às usinas nucleares. Além disso, enfrenta blecautes e escassez de alimentos. É uma catástrofe tão grande que já espalha uma onda global de solidariedade, raras vezes vista.

Nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama disse que ajudará o Japão “com todos os recursos que forem necessários”. O país já enviou navios e equipes de resgate ao Japão, onde vivem 40 mil militares dos Estados Unidos. Herman van Rompuy, presidente do conselho da União Europeia, também afirmou que os países europeus prestarão toda a assistência necessária ao Japão. No Brasil, a presidente Dilma Rousseff emitiu uma nota lamentando o terremoto e colocando o país à disposição para cooperar no esforço internacional de ajuda ao Japão. A presidente, no entanto, não falou em ajuda financeira. No terremoto do Haiti, ocorrido em janeiro de 2010, o Brasil ofereceu ajuda de US$ 15 milhões.

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Com um PIB de US$ 5,3 trilhões, o Japão é a terceira maior economia do mundo – foi recentemente ultrapassado pela China – e conta com recursos para fazer frente à tragédia. Ainda assim, o custo da reconstrução é tão alto que a ajuda internacional será necessária. E as doações têm chegado de várias partes do mundo, tanto de governos, como de empresas e pessoas físicas.

É possível realizar pequenas doações, com cartões de crédito, por meio de diversos sites de instituições confiáveis, como:

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Save The Children:

http://www.savethechildren.org.au

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Cruz Vermelha:

http://www.redcross.org

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Mercy Corps:

http://www.mercycorps.org/donate/japan.

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Médicos sem fronteiras:

http://www.msf.org/msf/donations/donations_home.cfm

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Riscos nucleares

Depois do terremoto, do tsunami e da falta de luz e alimentos, o Japão convive ainda com o fantasma de uma catástrofe nuclear. Na manhã deste domingo, o porta-voz do governo japonês, Yukio Endano, admitiu o risco de uma explosão no reator 3 da usina atômica de Fukushima, no nordeste do país, uma das regiões mais afetadas pelo desastre. Calcula-se que 160 pessoas já tenham sido expostas aos efeitos da radiação, que é cancerígena. Mais de 600 mil pessoas, que vivem nas proximidades de Fukushima e de outras instalações nucleares, tiveram de deixar seus lares – é possível doar recursos para as vítimas da tragédia através do site da Cruz Vermelha Internacional (www.redcross.org).

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No sábado, Edano já havia admitido problemas com o reator 1. Ele confirmou que houve uma explosão e um vazamento radioativo na usina que fica em Okumamachi, na província de Fukushima.

O acidente foi classificado em grau 4, numa escala que vai de zero a sete. É o mais grave desde o desastre nuclear de Chernobyl, na Rússia, em 1979, que teve grau sete. As autoridades, no entanto, também garantem que a explosão do reator já teria sido controlada. “Estamos investigando a causa da explosão e vamos explicar tudo ao público quando houver mais informação”, disse Yukio Edano, porta-voz do governo japonês.

O local de Fukushima foi bastante afetado pelo terremoto de magnitude 9 seguido de tsunami que atingiu a costa do país na sexta-feira. O número de mortos, confirmado pelas autoridades locais, já passa de 1,4 mil e ainda há milhares de pessoas desaparecidas – estimativas não oficiais falam em até 10 mil óbitos.

O governo também aumentou a área de isolamento em torno da usina, de 10 km para 20 km. O canal público NHK aconselhou aos japoneses que permaneçam em casa, fechem as janelas e não tomem água da torneira.

A radioatividade recebida em uma hora por uma pessoa na usina nuclear de Fukushima correspondia ao limite anual admissível, informou a Kyodo.

A Agência Japonesa de Segurança Nuclear e Industrial descartou que o contêiner do reator nuclear da planta de Fukushima Nº1, onde se produziu uma explosão depois do violento terremoto da véspera, tenha sofrido sérios danos, informou a Kyodo.

Segunda usina

As autoridades japonesas comunicaram à agência nuclear que a operação nuclear na usina de Onagawa entrou no primeiro nível de estado de emergência, o mais baixo da classificação, informou a agência com sede em Viena neste domingo.

"O alerta foi declarado como consequencia das leituras excedendo os níveis de radioatividade permitidos na área próxima da usina. Autoridades japonesas estão investigando a fonte da radiação", disse a Agência Internacional de Energia

Atômica (AIEA).

Ela informou que o estado de emergência foi reportado pela Tohoku Electric Power Company. "As autoridades informaram à AIEA que os três reatores da usina de Onagawa estã

sob controle", disse a AIEA.

Terremoto: o pior em 140 anos

Na sexta-feira, a região Nordeste do Japão foi atingida por um dos maiores terremotos já registrados na história, de magnitude 8,9, numa região a 260 quilômetros de Tóquio, segundo o Serviço Geológico dos EUA (USGS).

Imagens de TVs locais mostram que o abalo gerou um tsunami (onda gigante) no Oceano Pacífico, que alcançou áreas da cidade de Sendai. Carros e barcos foram arrastados. Ondas gigantes podem ainda chegar a várias ilhas do Pacífico e até mesmo à costa Oeste dos Estados Unidos.

Pelo menos 970 pessoas morreram, segundo a Polícia Nacional do Japão, o país mais preparado do mundo para enfrentar grandes tragédias naturais. Desses, mais 300 foram encontrados na praia de Sandai, na cidade de Miyagi (nordeste do país). A previsão é de que haja mais de mil mortos e 88 mil desaparecidos.

As vítimas incluem um homem de 67 anos, esmagado por uma parede, e uma idosa, atingida pelo teto da própria casa, que desabou, ambos na região de Tóquio. Outras três pessoas morreram soterradas dentro de casa em Ibaraki, a nordeste da capital.

A Agência Nacional de Polícia, entretanto, afirmou que ainda não é capaz de confirmar o balanço de mortos.O tremor teve epicentro no Oceano Pacífico a 130 km da península de Ojika, a uma profundidade de 24 km.

Premiê pede calma

O abalo, que ocorreu às 14h46 (hora local, 2h46 de Brasília), foi seguido até o momento por pelo menos outros 24 fortes tremores de magnitude superior a 5, segundo o USGS, agência americana que monitora e estuda tremores pelo mundo. O governo japonês emitiu um alerta sobre o risco de fortes réplicas.

O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, qualificou como "grandes" os danos causados pelo abalo, mas não deu informações sobre vítimas. Kan pediu "calma" à população. Ele estava no Parlamento na hora do tremor.

O terremoto sacudiu com força os edifícios de Tóquio. Alarmes foram disparados nos prédios, houve correria, e as linhas telefônicas ficaram bloqueadas.

O Shinkansen, o trem-bala da capital japonesa, e os dois principais aeroportos ficaram temporariamente fechados.

(com informações das agências internacionais)

 

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