Repressão mata mais 34 na Síria

Testemunhas falam em intenso tiroteio contra multido estimada em 50 mil pessoas



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Forças de segurança da Síria mataram a tiros pelo menos 34 pessoas enquanto dispersaram cerca de 50 mil manifestantes na cidade de Hama, na região central do país, segundo informaram ativistas. Na capital, Damasco, foram realizadas várias manifestações contra o governo do presidente Bashar al-Assad. As forças de segurança realizaram um "intenso tiroteio" contra a multidão de mais de 50 mil pessoas em Hama, disse Rami Abdel Rahman, que preside o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, sediado em Londres. "Pelo menos 34 pessoas foram mortas em Hama pelas forças de segurança, porém o número pode subir ainda, enquanto houver pessoas gravemente feridas", acrescentou.

Além disso, as forças oficiais mataram um civil quando abriram fogo para dispersar um protesto na vila de Has, na província de Idlib, segundo o ativista. "As manifestações de hoje são as maiores desde o início do movimento de protestos e ocorrem apesar da anistia anunciada" pelo presidente Assad na quarta-feira, comentou Rahman. "Isso mostra que a população não confia mais no regime". Em 1982, Hama foi palco de uma repressão brutal do governo, que deixou 20 mil mortos quando a Irmandade Muçulmana se insurgiu contra Hafez Assad, pai do atual presidente.

Já a agência oficial de notícias Sana informou que "centenas de pessoas se reuniram após as orações de sexta-feira em Hama gritando slogans diversos, mas as forças de segurança e policiais permaneceram distantes". Posteriormente, afirmou que "três sabotadores foram mortos em confrontos com a polícia, após eles atacarem e atearem fogo a um prédio do governo".

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Milhares de manifestantes também se reuniram hoje em Damasco e nos arredores da capital, locais que até agora haviam permanecido distantes dos protestos que ocorrem há mais de dez semanas, informou outro ativista. Cerca de 2 mil pessoas marcharam no subúrbio de Rukn al-Din e a polícia, armada com cassetetes, espancou manifestantes no distrito de Midan, ao sul de Damasco, informou Abdul Karim Rihawi, da Liga Síria pelos Direitos Humanos.

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