Ratko Mladic, o genocida sérvio, é extraditado
Sob forte esquema de segurana, ele visitou o tmulo da filha, antes de ser enviado em avio para Haia
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O ex-general Ratko Mladic foi extraditado e está no avião para Haia (Holanda), onde fica o Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia, informou hoje a ministra da Justiça sérvia, Snezana Malovic. "Ratko Mladic foi extraditado para Haia", confirmou a autoridade. Horas antes, o vice-procurador sérvio para crimes de guerra, Bruno Vekaric, afirmou que juízes rejeitaram a apelação de Mladic contra sua extradição. Vekaric já havia adiantado que Mladic seria extraditado para Haia, na Holanda, onde fica o tribunal da Organização das Nações Unidas (ONU), "o mais rápido possível". A data da extradição dependia da assinatura da ordem para a transferência do ministro da Justiça da Sérvia. Autoridades já haviam aberto o caminho para o que deve ser o último dia do ex-general servo-bósnio ao escoltá-lo para o túmulo de sua filha Ana, em Belgrado, que cometeu suicídio em 1994, e permitir que os netos o visitassem na cadeia.
Mladic, de 69 anos, foi preso na última quinta-feira. Ele é acusado por atrocidades durante a Guerra da Bósnia (1992-5), quando era um general servo-bósnio. Até então o fugitivo por crimes de guerra mais procurado da Europa, Mladic pode ser enviado ao tribunal em Haia ainda hoje ou amanhã cedo, segundo funcionários. O ex-general viveu 16 anos como fugitivo. Com a prisão de Mladic, a Sérvia pode começar as negociações para futuramente tornar-se membro da União Europeia (UE). O bloco europeu se recusava a tratar do tema antes de o país encontrar o ex-general.
Mladic foi preso sob acusações de genocídio durante o cerco de 43 meses a Sarajevo e o massacre de 8 mil muçulmanos em Srebrenica, durante a Guerra da Bósnia entre 1992 e 1995. Mladic também é acusado de crimes contra a Humanidade por seu suposto papel na guerra da Bósnia (1992-1995). Ele pode ser condenado à prisão perpétua.
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