Putin, o "Lula da Rússia", voltará ao poder em março

Ex-presidente Vladimir Putin impe-se como candidato e impede que o atual chefe de governo Dimitry Medvedev, a "Dilma da Rssia", concorra reeleio; qualquer semelhana com o Brasil no mera coincidncia

Putin, o "Lula da Rússia", voltará ao poder em março
Putin, o "Lula da Rússia", voltará ao poder em março (Foto: RIA Novosti/REUTERS)


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247 - Um segredo de Polichinelo acaba de ser revelado na Rússia. O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, aceitou neste domingo a nomeação do partido governista Rússia Unida para concorrer à presidência nas eleições de março do próximo ano e retomar um cargo que ele exerceu entre 2000 e 2008.

"Sou grato ao presidente Dmitry Anatolyevich Medvedev e ao congresso do Rússia Unida por me nomearem e pedirem que eu concorra para o cargo de presidente da Federação Rússia. Naturalmente, aceito essa oferta, obrigado", disse Putin num congresso do partido, em Moscou.

A situação da Rússia é muito parecida com a do Brasil. Tanto Vladimir Putin quanto Luiz Inácio Lula da Silva assumiram países que saíam de crises financeiras e tiveram êxito na economia. No Brasil e na Rússia, as constituições permitem apenas dois mandatos presidenciais. Putin cogitou mudar a consituição, mas voltou atrás e nomeou o indicou o tecnocrata Medvedev para a presidência. Lula fez o mesmo. Chegou a cogitar o terceiro mandato, mas recuou e indicou Dilma Rousseff.

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Hoje, a grande dúvida nos meios políticos brasileiros diz respeito à sucessão em 2014. Quem será o candidato governista: Lula ou Dilma? Leia, abaixo, artigo recente sobre as semelhanças entre Brasil e Rússia, de Leonardo Attuch:

Dilma e Medvedev, Lula e Putin

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Será que o processo político na Rússia pode ajudar a prever o futuro no Brasil?

Leonardo Attuch

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Já houve um tempo em que o efeito Orloff – “eu sou você amanhã” – ocorria entre Brasil e Argentina. Qualquer magia econômica portenha logo depois se repetia no Brasil. Mas será que agora essa lei da causalidade migrou para a distante Rússia? E não na economia, mas sim na política?

Vejamos.

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Vladimir Putin foi um presidente de viés nacionalista que cumpriu dois mandatos, após a crise da moratória de 1998, legada por uma sucessão de governos liberais. Saiu do governo extremamente popular, mas resistiu à tentação de buscar um terceiro mandato. No entanto, escolheu como sucessor seu “gerente” Dimitri Medvedev.

Qualquer semelhança com o Brasil não é mera coincidência.

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Aqui, na disputa eleitoral de 2010, militantes petistas andavam com o seguinte cartaz: Lula 3 = Dilma.

O operário Luiz Inácio Lula da Silva também resistiu à tentação do terceiro mandato. Escolheu como sucessora sua “gerentona” Dilma Rousseff.

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Bom, e o que dizem as pesquisas?

Uma sondagem interna do PSDB revela que Dilma hoje seria reeleita no primeiro turno, com extrema facilidade sobre os concorrentes de 2010, José Serra e Marina Silva. Teria 59%, contra 25% e 15% dos adversários, respectivamente.

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Quer dizer então que Dilma não será Medvedev?

Pode ser como pode não ser.

Na Rússia, Medvedev também conseguiria se reeleger, de acordo com as pesquisa locais, mas preferiu devolver o poder ao todo-poderoso Vladimir Putin.

Aqui, apesar das pesquisas que mostram Dilma na frente, há outras sondagens, como uma que foi publicada no jornal Valor Econômico, apontando que o “povão” gostaria de ver Lula novamente candidato. Ou seja: a população aprova Dilma, mas prefere Lula.

Resumindo: hoje só existem dois nomes fortes para a disputa presidencial de 2014. E eles são Putin e Medvedev, ooops, Lula e Dilma.

Será que a Rússia é o Brasil amanhã?

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