Progresso entre Turquia e Síria se destaca na conclusão da cúpula de Astana

A declaração conjunta também rejeitou todas as tentativas de criar "novas realidades no terreno", incluindo "iniciativas ilegítimas de autogoverno"

Astana, Cazaquistão
Astana, Cazaquistão (Foto: @SANAEnOfficial)


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José Pedro Faya, de Lisboa (247) - Uma declaração conjunta entre Rússia e Irã destacou na quarta-feira a importância e o progresso das negociações entre Turquia e Damasco durante a vigésima reunião sobre a Síria no formato de Astana. O processo de paz de Astana foi iniciado 2017 por iniciativa da Rússia, Irã e Turquia, como forma de reduzir as tensões na Síria e procurar ajudar a encontrar uma solução para o conflito. O processo tem sido fundamental para o restabelecimento das relações entre Ancara e Damasco.

A declaração "condenou as atividades de grupos terroristas e seus afiliados”, e os países garantidores também se opuseram a "agendas separatistas" destinadas a minar a soberania e a integridade territorial da Síria e ameaçar a segurança nacional dos países vizinhos, assim como condenaram "as ações de países que apoiam entidades terroristas”, informa a Telesur.

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O conflito na Síria, iniciado em 2011, é uma das crises mais devastadoras da atualidade e, para além do envolvimento de múltiplos atores internos, é fortemente influenciado por interferências e interesses geopolíticos de potências externas. O Exército Livre da Síria, fortemente apoiado pelos Estados Unidos, França e Reino Unido, é um dos principais combatentes e possuiu em seu ponto alto, segundo o The Independent, entre 40 a 50 mil combatentes. Também estão envolvidos no conflito a Al Qaeda e o Estado Islâmico, os quais frequentemente colaboram com potências externas. 

As forças militares dos EUA têm forte presença na Síria. Possuem mais de 900 militares no país, para além de um número não revelado de subcontratados, segundo a Associated Press. Junto com as Forças Democráticas Sírias, as tropas de ocupação norte-americanas controlam territórios nas províncias do norte do país, de onde saqueiam petróleo e outros recursos que escoam para suas bases no Iraque, informa a Agência Sana. Aproximadamente 90% da produção de petróleo síria é controlada por forças norte-americanas e milícias.

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A relação do país árabe com a Turquia tem sido particularmente tensa ao longo dos anos. A Turquia, para além de financiar milícias que combatem contra o governo sírio, realizou diversos ataques e incursões militares no norte do país, territórios de maioria curda. As discussões realizadas no âmbito das reuniões de Astana são de grande relevância para a pacificação da região e a normalização das relações entre os dois países.

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