Premiê da Grécia pode renunciar e ampliar crise
Sob presso dos pases ricos e da opinio pblica para no fazer plebiscito sobre ajuda bilionria a seu pas, George Papandreou j adiantou a seus ministros que pretende renunicar hoje; trabalha-se para que ele volte atrs
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Os dois anos de governo do socialista George Papandreou na Grécia podem chegar ao fim a qualquer momento. Abalado pela pressão da opinião pública, cada vez mais avessa aos sucessivos planos de austeridade, e agora pressionado pela comunidade internacional, o premiê começou ontem a perder apoio no próprio partido, ameaçando a maioria de 152 votos no Parlamento de 300 deputados.
Ontem à noite, uma reunião de crise foi comandada pelo primeiro-ministro com seus assessores diretos, entre os quais o ministro de Finanças, Evangelos Venizelos. À margem da reunião, o porta-voz do governo, Angelos Tolkas, informou que Papandreou confirmou a seus subordinados que o referendo será realizado, mesmo contra a vontade dos líderes da União Europeia. Em entrevista à rede de TV pública NET, Tolkas afirmou que o premiê está questionando os "interesses bancários" na Grécia e no exterior, que estariam manobrando contra o seu governo. Antes do referendo, um voto de confiança será encaminhado ao Parlamento do país na sexta-feira, quando a sorte do governo estará lançada. Isso porque o Movimento Socialista Pan-helênico (Pasok) maior partido da base de sustentação, perdeu ontem o apoio de mais um deputado, Milena Apostolaki, ex-secretária de Estado do Desenvolvimento, e agora reúne 152 votos, de um total de 300 deputados.
A situação é ainda mais delicada porque ao longo do dia de ontem outros membros do Pasok manifestaram a intenção de abandonar o governo. Vasso Papandreou, deputado do partido - sem relação de parentesco com o premiê -, pediu ontem a formação de um gabinete de união nacional capaz de "garantir o plano europeu" e de "organizar eleições antecipadas".
Não bastasse a crise política, os dois maiores sindicatos do país convocaram para a próxima semana uma nova rodada de greves gerais, seguidas de protestos na Praça Syntagma, centro de Atenas.
Pressionado nos planos interno e externo, o premiê anunciou uma decisão enigmática na noite de ontem: a substituição do comando do Estado-Maior das Forças Armadas. Segundo o governo, a modificação nos comandos do Ministério da Defesa, no Exército, na Marinha e na Aeronáutica já estavam previstos e não têm relações com a crise econômica e política.
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