Premiê da Espanha dissolve parlamento e convoca novas eleições após derrota eleitoral
Pedro Sánchez anunciou novas eleições para julho, para que "o povo espanhol tome a palavra para decidir o rumo político do país"
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247 - O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou nesta segunda-feira (28) a dissolução do parlamento e a convocação de novas eleições, informa o g1. A decisão ocorreu após o resultado das eleições regionais realizadas no domingo, que revelaram uma dura derrota para sua sigla, o Partido Socialista Obreiro Espanhol (PSOE). Em aliança com a extrema direita espanhola, o Partido Popular (PP), principal rival político do PSOE, conquistou o controle de quase todas as regiões do país, incluindo a Comunidade de Madri, além do governo de sete das dez maiores cidades.
Em um discurso nesta manhã, o líder socialista Pedro Sánchez reconheceu a responsabilidade pela derrota de seu partido e anunciou a convocação de novas eleições, permitindo que "o povo espanhol tome a palavra para decidir o rumo político do país". Sánchez declarou: "assumo em primeira pessoa esses resultados e acredito ser importante submeter nosso mandato democrático à vontade popular".
Embora tenha confirmado a data das eleições para 23 de julho, o premiê não revelou se concorrerá novamente pelo PSOE. Anteriormente, as eleições gerais estavam programadas para o final deste ano. Com o adiantamento anunciado nesta segunda-feira, as Cortes espanholas serão dissolvidas a partir de terça-feira (29). Sánchez afirmou que já comunicou sua decisão ao rei da Espanha, Felipe VI. Vale destacar que a Espanha adota um regime de monarquia parlamentarista, em que o rei exerce o papel de chefe de Estado, responsável pelas Forças Armadas e por reconhecer o primeiro-ministro, sem interferir no Executivo. O cargo de primeiro-ministro, por sua vez, é ocupado pelo chefe de governo escolhido pelo Parlamento, por meio de votação popular.
Pedro Sánchez lidera o PSOE e comanda a Espanha desde 2019, após eleições antecipadas convocadas naquele ano. Agora, diante da derrota eleitoral significativa, Sánchez busca uma nova legitimidade através das eleições antecipadas, a fim de permitir que o povo espanhol defina o futuro político do país.
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