Políticos americanos pedem fim de pacto com China: 'EUA devem parar de alimentar própria destruição'
Em requerimento enviado ao Departamento de Estado, republicanos solicitam ao governo Biden que um acordo de décadas de cooperação científica entre EUA e China não seja renovado
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Sputnik - Em requerimento enviado ao Departamento de Estado norte-americano nesta terça-feira (27), parlamentares republicanos solicitam ao governo Biden que um acordo de décadas de cooperação científica entre Estados Unidos e China não seja renovado.
Na carta encaminhada ao secretário de Estado, Antony Blinken, o presidente do comitê seleto da Câmara dos Representantes dos EUA para a China, Mike Gallagher, e outros nove representantes republicanos disseram que o acordo deveria ser descartado uma vez que o governo chinês tentará usá-lo para ajudar seus militares.
"Os Estados Unidos devem parar de alimentar sua própria destruição. Deixar o STA expirar é um bom primeiro passo", diz o texto da carta segundo a Reuters.
O pacto, nomeadamente Acordo de Ciência e Tecnologia (STA, na sigla em inglês) expira em 27 de agosto deste ano, e foi assinado quando Pequim e Washington estabeleceram relações diplomáticas em 1979. Renovado a cada cinco anos desde então, resultou em cooperação em áreas desde ciência atmosférica e agrícola até pesquisa básica em física e química.
"A China usa pesquisadores acadêmicos, espionagem industrial, transferências forçadas de tecnologia e outras táticas para obter vantagem em tecnologias críticas, o que, por sua vez, alimenta a modernização do Exército de Libertação Popular [ELP]."
A carta também cita preocupações sobre o trabalho conjunto entre a Administração Meteorológica dos EUA e da China em "balões instrumentados", bem como mais de uma dúzia de projetos do Departamento de Agricultura norte-americano com entidades chinesas que, segundo os parlamentares, incluem tecnologias com "aplicações claras de uso duplo", incluindo técnicas para analisar imagens de satélite e drones para gestão de irrigação.
Segundo a mídia, as autoridades chinesas disseram publicamente que pretendem estender o pacto e que abordaram os EUA no ano passado para discutir a renovação, mas que Washington está conduzindo uma revisão do acordo.
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