Pequim mantém postura sobre Crimeia e respeita a soberania dos países pós-soviéticos — MRE

Porta-voz Mao Ning foi questionada sobre as declarações do embaixador chinês na França

Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China
Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China (Foto: REUTERS/Thomas Peter)


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247 - A China respeita a soberania de todas as ex-repúblicas soviéticas, garantiu a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, em uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (24). A declaração vem após o embaixador da China na França, Lu Shaye, questionar a soberania de países europeus nessa região durante uma entrevista à mídia francesa. Ele também colocou em dúvida a soberania ucraniana sobre a Crimeia, anexada à Rússia em 2014. 

“Mesmo esses países da antiga União Soviética não têm status efetivo no direito internacional porque não há acordo internacional para concretizar seu status de país soberano”, disse o embaixador Lu Shaye no sábado (22) em entrevista à emissora francesa LCI.

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Mao respondeu às perguntas dos jornalistas sobre as declarações de Lu Shaye. "Após o fim da União Soviética, a China foi um dos primeiros países a estabelecer relações diplomáticas com os países [recém-criados]", disse Mao. 

"Desde o início das relações diplomáticas, a China sempre aderiu ao princípio de respeito mútuo e igualdade de tratamento, promovendo relações bilaterais de amizade e cooperação. A China respeita o status soberano das repúblicas que foram fundadas após a desintegração da União Soviética", acrescentou.

Mao descreveu a posição da China sobre a Ucrânia como clara e consistente. "Estamos prontos para continuar trabalhando com a comunidade internacional para dar nossa contribuição para encontrar uma solução política para a crise ucraniana".

Comentando sobre o status da Crimeia, o enviado chinês em Paris disse que "a Crimeia era originalmente parte da Rússia", mas que havia sido transferida administrativamente para a República Socialista Soviética da Ucrânia pelo estadista soviético e líder comunista Nikita Khrushchev em 1954.

Após a publicação desses comentários, Lituânia, Letônia e Estônia convocaram diplomatas chineses das missões de Pequim em seus países para seus respectivos ministérios das Relações Exteriores para esclarecimentos. Formalmente, a China não reconhece a Crimeia como russa.

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