Lula não responde a convites para encontros bilaterais feitos por Biden e Zelensky

A presença não anunciada do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky na cúpula do G7 deixou a delegação brasileira desconfortável

Zelensky e Lula
Zelensky e Lula (Foto: REUTERS/Valentyn Ogirenko | Ricardo Stuckert)


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247 — A presença não anunciada do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky na cúpula do G7 deixou a delegação brasileira desconfortável, e agora sente-se pressionada a aceitar um convite para uma reunião presencial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo autoridades brasileiras, informou a Bloomberg.

Segundo a reportagem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “ainda está indeciso sobre um encontro com Zelensky, afirmaram as autoridades, que pediram para não serem identificadas ao discutir informações privadas”.

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Lula hesita em responder aos pedidos de encontros com os presidentes da Ucrânia e dos Estados Unidos durante a cúpula do G7 em Hiroshima. A ausência de previsões de conversas com os líderes ucraniano e americano na agenda oficial do governo chamou a atenção nos corredores do evento.

Acredita-se que a participação de Volodymyr Zelensky no G7 tenha o objetivo de pressionar os países do Sul Global, como o Brasil, a oferecer um apoio mais significativo à Ucrânia. Esses países não reduziram suas relações comerciais com a Rússia após a invasão ao território ucraniano, e Zelensky busca expandir o apoio para além dos seus aliados no G7.

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A falta de resposta de Lula é ainda mais destacada pelo fato de o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, já ter se encontrado com Zelensky durante a cúpula. Os Estados Unidos também estão em busca de uma postura mais firme do Brasil e continuam sem resposta, embora membros do governo americano tenham falado abertamente sobre o convite.

Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, afirmou que o presidente Biden deseja discutir a situação na Ucrânia com Índia e Brasil. No entanto, quando questionado se haveria pressão para que Lula e Modi adotassem uma postura mais dura em relação à Rússia, Sullivan amenizou a situação, afirmando que Biden não pressiona esses líderes com quem possui relacionamentos profundos.

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