OTAN não conseguirá sobreviver causando distúrbio na Ásia-Pacífico, diz mídia chinesa

No processo de ampliação da OTAN à Ásia-Pacífico, o Japão tem desempenhado o papel de “abrir a porta para o causador de problemas”

Otan
Otan (Foto: Reuters)


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Rádio Internacional da China - A cúpula da Organização do Tratado do Atlântico do Norte (OTAN) foi realizada na Lituânia a partir do dia 11. Além do tema central da situação na Ucrânia, os líderes do Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia participaram da reunião pelo segundo ano consecutivo, e o tema da ampliação do bloco à Ásia voltou a ter mais popularidade.

De acordo com a imprensa japonesa, devido à oposição da França, a discussão sobre o programa de abertura no Japão do primeiro escritório de ligação da OTAN na Ásia foi adiada para depois do outono. Os analistas, porém, acreditam que, sob a liderança dos Estados Unidos, a intenção da organização de alargar a sua esfera de influência à Ásia-Pacífico não mudará.

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Sendo um produto da Guerra Fria, a OTAN tem sido o pilar central da hegemonia estadunidense desde seu nascimento. “É difícil existir sem inimigos” é a lógica do seu funcionamento.

Desde o fim da Guerra Fria, a OTAN efetuou seis rondas de expansão para o leste, provocando os conflitos russo-ucranianos, criando a divisão na segurança europeia e tentando sempre estender seus tentáculos até à Ásia-Pacífico.

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Dando uma olhada retrospectiva na história, podemos ver que a ampliação para a “Ásia-Pacifico” é uma “renovação” da organização sob a liderança dos Estados Unidos, que pretende criar crises na região para se capacitar. Foi também um passo fundamental na tentativa de sua globalização.

Depois da Guerra Fria, a OTAN moldou à força os sistemas políticos e de valores de outros países com os ocidentais, o que resultou na separação da Jugoslávia, na guerra civil na Bósnia-Herzegovina e na questão do Kosovo nos anos de 1990.

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No Oriente Médio, as forças de coalizão da OTAN, lideradas pelos Estados Unidos, invadiram o Afeganistão e o Iraque e realizaram ataques aéreos na Líbia, provocando profundas catástrofes para as populações locais.

No processo de ampliação da OTAN à Ásia-Pacífico, o Japão tem desempenhado o papel de “abrir a porta para o causador de problemas”. A razão subjacente a esta situação não reside apenas no fato do Japão ser um seguidor fiel dos Estados Unidos, mas também de ter a ambição de regressar ao caminho de uma potência militar e querer aproveitar a força mutuamente com a OTAN ao nível de defesa.

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A OTAN planeia criar em Tóquio o seu primeiro escritório de ligação na Ásia. Isso indica que a organização pretende instalar no Japão um centro de coordenação na Ásia-Pacífico, o que desencadeou uma forte oposição da opinião pública na região.

De fato, no seio da OTAN, não falta a oposição ao alargamento da sua esfera de influência. Por exemplo, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse uma vez que a OTAN tem “morte cerebral”, opondo-se explicitamente ao estabelecimento de um gabinete da organização no Japão.

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A Ásia-Pacífico é um terreno importante para a cooperação e o desenvolvimento e não um tabuleiro de xadrez para a concorrência entre as grandes potências. A OTAN, liderada pelos Estados Unidos, tenta reproduzir a chamada “experiência europeia” na Ásia-Pacífico, mas na realidade, está tentando copiar a divisão e o confronto na região, algo que os povos locais nunca concordarão.

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