Otan mata filho e netos de Kadafi. "Aliados" lamentam morte de civis

Kadafi e a esposa estavam na casa, mas escaparam; Otan diz que alvos eram militares, e no civis. Guerra ter nova escalada



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247 - Um ataque aéreo da coalizão internacional liderada pela OTAN (Organização do Atlântico Norte) matou neste sábado o filho caçula do ditador líbio Muamar Kadafi e três de seus netos. Mussa Ibrahim Saif-al Arab tinha 29 anos. Ele ainda era estudante, que cursava um doutorado, depois de ter sido educado na Alemanha. Os mísseis foram disparados diretamente contra uma área residencial de Tripoli, capital da Líbia, onde vivem as famílias mais abastadas do país.

Muamar Kadafi e sua esposa estavam na casa no momento do ataque, mas não se feriram, segundo fontes oficiais. "Foi uma tentativa de assassinar o líder do País", disse o porta-voz Moussa Ibrahim. De acordo com a jornalista Anita McNaught, Saif-al-Arab era o filho mais discreto do casal Kafafi, e o menos envolvido em questões políticas do País. Num comunicado oficial, Otan lamenta morte de civis e inocentes e diz que todos os seus alvos eram militares, ligados ao massacre promovido por Kadafi contra a própria população líbia.

O ataque revela uma nova estratégia da Otan, que, em 45 dias de conflito, não atingiu o objetivo de fazer com que as tropas rebeldes avançassem. Agora, o objetivo é capturar e matar Kadafi, que vem sendo rastreado pelos "aliados". Antes do ataque fatal deste sábado, forças internacionais também tentaram assassinar o ditador Kadafi na noite da sexta-feira. Esta foi, pelo menos, a versão da rede de televisão estatal líbia Great Yamahiriya. Um edifício próximo à estação de tevê foi bombardeado no exato momento em que Kadafi gravava um discurso à população. “O alvo era o líder da revolução”, assinalou um comunicado da rede estatal.

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No discurso que gravou, Kadafi pediu às forças internacionais que cessem os ataques aéreos à Líbia e abram um canal de negociação. “Não atacamos ninguém e não cruzamos o mar. Por que nos atacam?”, indagou Kadafi. O ditador líbio, que é acusado pela coalizão internacional de massacrar seu próprio povo, disse que a guerra pode chegar ao Ocidente e que o real motivo dos ataques é a busca da hegemonia do petróleo pelos países “invasores”.

No fim, ele avisou que não buscará asilo político em outros países. “Ninguém pode me obrigar a deixar a Líbia ou a deixar de lutar por meu país”. Iniciada há mais de 45 dias, a ofensiva internacional sobre o governo de Tripoli ainda não atingiu seu objetivo central, qual seja, o de derrubar Kadafi.

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Analistas internacionais preveem uma escalada no conflito. Kadafi diz que a guerra pode chegar ao Ocidente.

 

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