Número de refugiados bate recorde no Iêmen
Apesar da instabilidade poltica e da falta de segurana no Pas, mais de 100 mil pessoas enfrentaram perigosas travessias martimas em 2011 para encontrar asilo
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247 com agência - Apesar da crescente instabilidade e do agravamento das condições de segurança no Iêmen, um número recorde de 103 mil refugiados, solicitantes de refúgio e migrantes partiram da África em uma perigosa travessia marítima para chegar ao país do Oriente Médio.
Em 2011 ocorreu um aumento de 100% em relação a 2010, quando 53 mil pessoas realizaram a mesma viagem através do Golfo do Adem e do Mar Vermelho. O recorde anterior era de 2009, quando 78 mil pessoas fizeram a travessia. Desde 2006 o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) está compilando os dados sobre o fluxo de migração mista no Chifre da África.
“Entre os que fizeram a travessia no ano passado, mais de 130 se afogaram”, disse o porta-voz do ACNUR, Adrian Edwards, a jornalistas em Genebra na sexta-feira. “A maior parte dos recém-chegados alcança a costa do Iêmen em condições desesperadoras - desidratados, desnutridos e frequentemente em estado de choque”.
Aqueles que cruzam o Mar Vermelho e o Golfo do Adem a partir da Somália e outros países no Chifre da África enfrentam grandes riscos e desafios em todas as etapas da travessia. Isso inclui violência física e sexual, assim como tráfico de pessoas. Quando chegam ao Iêmen enfrentam novas dificuldades, como o acesso inadequado a serviços básicos, além de limitações à liberdade de movimento e dificuldade para encontrar emprego.
“Os últimos dados mostram um forte aumento no número de Etíopes chegando ao Iêmen - nacionalidade que responde por três de cada quatro recém-chegados”, disse Edwards. Até 2008 a maioria das pessoas que chegava ao Iêmen era formada por somalis fugindo da violência e da violação dos direitos humanos no país. Desde então, os nacionais da Etiópia passaram a ser maioria.
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