Novos tremores levam mais pânico ao Japão

Dois abalos sacudiram novamente o Japo, treze horas depois do terremoto de 8,9 graus na escala Richter que devastou parte do pas. O nmero de mortos pode passar dos 1.000. H mais de 80 mil desaparecidos



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Cerca de 13 horas depois do terremoto de 8,9 graus na escala Richter que devastou regiões inteiras do Japão, dois novos tremores sacudiram cidades do país, um de 6,2 graus e outro de 6,1 graus. A terra tremeu novamente às 15h59 e 16h02 (horário de Brasília). O abalo de magnitude 6,2 ocorreu a uma profundidade de 1 km, considerada bastante rasa, na região montanhosa da prefeitura de Niigata, no noroeste do Japão, anunciou a emissora de rádio e televisão NHK. Ainda não havia relato sobre novos estragos causados pelas réplicas. Desde o forte abalo da véspera, mais de 100 tremores secundários de magnitude superior a 5 atingiram a região.

A agência de notícias Kyodo informou, por sua vez, que não havia um novo alerta de tsunami depois desta réplica do devastador terremoto de 8,9 graus de magnitude que atingiu o Japão hoje. Especialistas já haviam alertado para a possibilidade de novos tremores, decorrentes do abalo sísmico de grande impacto registrado na madrugada desta sexta-feira. O terremoto, de 8,9 pontos na escala Richter, atingiu a costa nordeste, próxima a província de Miyagi, cerca de 400 km da capital Tóquio, provocou um tsunami que deixou um cenário de destruição, cujo saldo de mortos pode passar de 1 mil.

De acordo com o geólogo da Universidade Estadual de Campinas Rogério Marcon, ouvido pela Agência Brasil, após um terremoto de grande intensidade ocorre uma sequência de pequenos tremores, que pode durar semanas, até que as placas tectônicas se acomodem novamente. Segundo o pesquisador, os novos abalos, no entanto, devem ser menos intensos."Já ocorreram por volta de 70 terremotos de magnitude 6 na escala Richter que devem perdurar por dias ou semanas, até as placas tectônicas se acomodarem na nova posição", explicou Marcon. "Esses tremores são pequenos ajustes das placas, menores do que o registrado de madrugada. Um terremoto com essa mesma magnitude é difícil acontecer no mesmo ponto".

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Responsável por um aparelho que conseguiu captar, no Brasil, as ondas emitidas pelo terremoto, o geólogo explicou que tremores de terras são frequentes na área chamada Anel de Fogo, onde está o Japão. Mas que, mesmo preparados para isso, o tsnunami ultrapassou as expectativas e pegou de surpresa a população rural.

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