“Ninguém vai se render”, afirma Prigozhin em resposta a Putin

O chefe do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, respondeu às declarações do presidente russo, Vladimir Putin

Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo Wagner
Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo Wagner (Foto: Reuters)


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247 — O chefe do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, respondeu às declarações do presidente russo, Vladimir Putin, garantindo que seus homens não são traidores e não se renderão às autoridades.

Durante um discurso televisionado, o líder do Kremlin rotulou o levante armado dos paramilitares como uma "traição" e afirmou que os responsáveis enfrentarão a Justiça. Em resposta, Prigozhin divulgou um áudio em seu canal no Telegram, declarando: "No que diz respeito à traição à pátria, o presidente está profundamente enganado. Somos patriotas. Já lutamos e continuaremos lutando, e ninguém pretende se render a pedido do presidente, do Serviço de Segurança Federal (FSB) ou de qualquer outra pessoa."

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Além disso, o chefe mercenário enfatizou que ele e seus homens não desejam que o país permaneça imerso em corrupção, mentiras e burocracia.

O procurador-geral russo, Igor Krasnov, abriu um processo criminal relacionado à tentativa de organizar uma rebelião armada, conforme divulgado pelo porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

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Prigozhin, que já foi um aliado próximo de Putin, enviou seu exército particular para lutar na Ucrânia, mas recentemente tem entrado em conflito com a liderança militar de Moscou. Ele tem responsabilizado repetidamente o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e o chefe do Estado-Maior, Valery Gerasimov, pelas mortes em massa de combatentes durante a invasão da Ucrânia.

Em sua mensagem subsequente ao discurso de Putin, Prigozhin alegou que foram enganados pelas autoridades. Ele citou exemplos, como quando lutaram na África e foram abandonados após o roubo de toda a assistência financeira. Além disso, revelou que, durante a campanha na Ucrânia, descobriram que as munições, armas e recursos destinados a eles também foram desviados.

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O líder mercenário denunciou os ataques da Força Aérea russa contra as colunas pacíficas de veículos do Grupo Wagner, que se deslocam pela região de Voronezh em direção a Moscou. Ele afirmou que os funcionários responsáveis estão agindo em benefício próprio, não poupando esforços para enfrentar qualquer avanço em direção à capital.

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