Netanyahu se irrita com protestos à medida que a reforma judicial de Israel avança
O projeto de lei que limitará a "razoabilidade" como padrão de revisão judicial terá a primeira de três leituras para ratificação no Parlamento na segunda-feira
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
JERUSALÉM (Reuters) - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, convocou neste domingo seu procurador-geral para explicar a maneira como a política está lidando com o ressurgimento das manifestações contra seu plano de reformar o sistema de justiça.
O projeto de lei que limitará a "razoabilidade" como padrão de revisão judicial - o que os críticos consideram que poderia levar a abusos de poder - terá a primeira de três leituras para ratificação no Parlamento na segunda-feira.
Os críticos dizem que essas reformas restringem a independência da corte. Netanyahu — que está sendo julgado por acusações de corrupção que ele nega — diz que o objetivo é restaurar o equilíbrio entre os poderes.
As negociações de conciliação entre o governo e a oposição travaram no mês passado. Os protestos de rua que tinham diminuído estão se acirrando novamente. Os manifestantes planejam se dirigir para o principal aeroporto de Israel enquanto o Parlamento debate o projeto de lei de "razoabilidade". Uma grande rede de shoppings anunciou uma paralisação de um dia se a votação de segunda-feira avançar.
Em declarações exibidas pela televisão antes da sessão do gabinete, Netanyahu disse que era "impensável" que o governo restringisse o direito de manifestar ou apoiar qualquer violência contra os manifestantes.
Mas ele argumentou que essa liberdade não deveria ser estendida a "violações da lei que prejudicam os direitos básicos de milhões de cidadãos e que estão ocorrendo quase diariamente", citando interrupções no Aeroporto Ben Gurion, pedidos de desobediência vindos de dentro do Exército, fechamento das principais estradas e assédio de autoridades.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247