"Nein", insiste Angela Merkel

Chanceler alem no quer ouvir falar de Eurobnus e de emprstimos ilimitados do Banco Central Europeu. Sua intransigncia tem feito investidores se desfazer dos papis alemes, at ento considerados um porto seguro

"Nein", insiste Angela Merkel
"Nein", insiste Angela Merkel (Foto: Thomas Peter/REUTERS)


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Roberta Namour, correspondente do 247 em Paris – Não há espaço para conversa com Angela Merkel, pelo menos quando se trata do Banco Central Europeu. A chanceler alemã bateu o pé e insistiu em sua posição sobre a intervenção da instituição nos países endividados durante o encontro com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, em Estrasbourgo. A Alemanha é contra o eurobônus e os empréstimos ilimitados do BCE.

No entanto, a decisão sobre a compra de títulos da dívida pelo BCE dos países em dificuldade, a exemplo do Fed americano e amplamente defendido por Nicolas Sarkozy, dependerá apenas dos dirigentes da instituição. « O BCE não está em debate, e não há porque falar da instituição, porque ela é independente », disse Sarkozy.

Os centros financeiros europeus expressaram decepção com a notícia, fechando quase todos no vermelho. O retorno sobre os bônus de dez anos alemães atingiu 2,19% — há dois meses, estava em 1,64%. Sua diferença para os títulos do Tesouro americano (1,88% ao ano) está no maior patamar em 30 meses. Isso indica que os investidores estão se desfazendo dos papéis alemães, até há pouco considerados um porto seguro. Outro ponto negativo que puxou o mercado de ações europeu para baixo foi a divulgação do relatório do Instituto de Finanças Internacionais, que aponta piora na situação da zona do euro no último mês, recuando para "uma nova recessão". O IIF, associação que reúne cerca de 400 banqueiros, prevê que a economia europeia vai encolher 1% em 2012. No trimestre corrente, a retração será de 2%.

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"O que está errado é a confiança. Isso é o que deve ser restaurado penso eu. O BCE pode desempenhar um papel essencial nesse sentido", defendeu novamente na quinta de manhã o número dois do governo francês Alain Juppé. Mas a Alemanha se recusa abertamente a aceitar essa opção por medo que ela encoraje a inflação e a frouxidão fiscal. Para Merkel, só existe uma solução para salvar a zona do euro : uma união fiscal com mais integração política.

Merkel e Sarkozy anunciaram que apresentarão em breve uma proposta para reformar os tratados da União Europeia para reforçar as com sanções aos países desobedientes, antes da próxima cúpula do bloco, no dia 9 de dezembro.

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