Motim do grupo Wagner: Putin diz que militares impediram guerra civil
A milícia grupo Wagner ocupou um quartel-general do exército russo na cidade de Rostov-on-Don, no sul, na sexta-feira
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247 - O presidente russo, Vladimir Putin, elogiou durante um discurso na terça-feira (27) os militares que participaram da repressão à tentativa de motim do grupo Wagner em 24 de junho, afirmando que suas ações efetivamente pararam a guerra civil na Rússia.
Ele elogiou sua resposta clara e harmoniosa, enfatizando que eles defenderam a ordem constitucional, a vida, a segurança e a liberdade dos cidadãos. Putin reconheceu sua lealdade ao povo da Rússia e ao juramento militar, destacando que tanto a população em geral quanto o exército não apoiavam os rebeldes. "Vocês defenderam a ordem constitucional, a vida, a segurança e a liberdade de nossos cidadãos. Vocês salvaram nossa pátria de convulsões, na verdade pararam a guerra civil. Em uma situação difícil, você agiu de forma clara, harmoniosa, com ações provou sua lealdade ao povo da Rússia e o juramento militar", disse Putin em seu discurso às forças de segurança que reprimiam a rebelião, conforme citado na Sputnik.
A milícia grupo Wagner ocupou um quartel-general do exército russo na cidade de Rostov-on-Don, no sul, na última sexta-feira (23), em uma tentativa de acertar as contas com o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, aliado próximo de Putin, bem como com Valery Gerasimov, o Chefe do Estado-Maior. Antes disso, Yevgeny Prigozhin, proprietário do Wagner PMC, acusou o Ministério da Defesa da Rússia de atacar os acampamentos militares do grupo. O Ministério da Defesa da Rússia rejeitou a acusação, enquanto o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) abriu um processo criminal contra Prigozhin. Prigozhin afirmou que as forças do Grupo Wagner se dirigiam para a capital russa, Moscou.
No sábado (24), o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, revelou que havia negociado com o chefe mercenário, segundo um acordo firmado com Putin, resultando em uma desescalada da situação. Prigozhin posteriormente confirmou que o grupo Wagner se retiraria para suas bases. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que as acusações contra Prigozhin seriam rejeitadas e ele se mudaria para a Bielorrússia.
Vários canais russos do Telegram, incluindo o blog Rybar com mais de um milhão de assinantes, relataram que 13 pilotos russos foram mortos durante o motim. De acordo com os relatórios de Rybar, as baixas incluíam três helicópteros de guerra eletrônica Mi-8 MTPR e uma aeronave Il-18, junto com sua tripulação. Putin prestou homenagem na segunda-feira aos pilotos que perderam a vida durante o motim fracassado no fim de semana, confirmando os relatórios anteriores. Ele expressou suas condolências e reconhecimento por seu sacrifício.
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