Marine Le Pen: o extremismo que ronda a França

Depois da maior zebra eleitoral j vivenciada na Frana, quando Jean-Marie Le Pen surpreendeu ao disputar o segundo turno da eleio presidencial com Jacques Chirac, o fantasma do partido que defende ideias xenofbicas paira, como nunca, no Pas. Desta vez, com sua filha, Marine

Marine Le Pen: o extremismo que ronda a França
Marine Le Pen: o extremismo que ronda a França (Foto: CHARLES PLATIAU/REUTERS)


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Roberta Namour – correspondente do 247 em Paris - Marine Le Pen é uma mulher que sabe bem o que quer. Não poupa adjetivos para criticar seus adversários, e por causa disso, as vezes é taxada de excêntrica, para não dizer lunática. Mas as aparências, principalmente neste caso, enganam. A menos de quatro meses da eleição presidencial, ela é a francesa mais poderosa do meio político na internet. E também a mais temida. Em pouco tempo, seus militantes da extrema-direita construíram uma máquina de guerra sem precedentes na campanha. Enquanto seus concorrentes ainda patinam, os soldados da Frente Nacional já avançam em marcha. Em uma eleição de 2012, em que o universo online tem um lugar privilegiado, essa é sem dúvida uma vantagem de peso. O resultado dessa estratégia já é palpável.

Uma recente pesquisa publicada na França pelo instituto IFOP confirma a liderança do candidato socialista François Hollande no primeiro turno das presidenciais de 22 de abril, seguido por Nicolas Sarkozy e Marine Le Pen. Pela primeira vez, a candidata da extrema-direita aparece com mais de vinte pontos percentuais na preferência no eleitorado.

A representante da extrema-direita defende a volta do franco francês no lugar do euro e a redução de vistos de trabalho para estrangeiros dos atuais 200 mil para 10 mil por ano. Dos 21,5% de eleitores que pretendem votar em Le Pen, 42% são operários. Também houve um aumento significativo de eleitores com menos de 35 anos que declaram simpatia pelas ideias xenófobas da candidata.

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Mas isso não quer dizer muita coisa. Na França, estima-se que cerca de 35% dos eleitores afirmem, quando entrevistados, ter optado por um determinado candidato mas na hora de depositar o voto na urna escolham outro. No caso específico de Le Pen, com suas ideias extremistas, esse índice pode chegar a 50%, o que torna o seu desempenho nas sondagens de opinião não muito digno de confiança.

Depois da maior zebra eleitoral já vivenciada na França, quando seu pai Jean-Marie Le Pen pegou o país todo de surpresa e foi parar no segundo turno disputando a Presidência da República com Jacques Chirac, o fantasma do partido que defende ideias como a expulsão de todos os imigrantes ilegais paira, como nunca, por aqui. Mesmo que traumatizados com o que muitos consideraram a maior vergonha política da história recente da França, os franceses temem que o "risco Le Pen" se repita este ano.

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