Mais quatro anos, Cristina

Neste domingo, Cristina Kirchner ser reeleita presidente da Argentina com ampla maioria; segundo a imprensa portenha, ela e o marido Nstor, j falecido, fizeram tudo errado; mas por que ento deu to certo?;haver liespara o Brasil?

Mais quatro anos, Cristina
Mais quatro anos, Cristina (Foto: Divulgação)


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247 – Neste domingo, 29 milhões de eleitores argentinos irão às urnas para apenas confirmar um resultado já previsível. Cristina Kirchner será reeleita com ampla maioria – ela terá de 50% a 57% dos votos totais e governará a Argentina de 2012 a 2015.

Cristina é o melhor exemplo do paradoxo sul-americano, que distancia a realidade da percepção midiática. Segundo seus detratores, e isso inclui os principais veículos de comunicação argentinos, como o jornal Clarín, ela o marido Néstor, já falecido, cometeram todos os erros possíveis. Apesar disso, nunca a Argentina deu tão certo como na era K. Nos últimos anos, o país tem crescido a taxas médias de 9% - o dobro da média brasileira.

Graças a esse crescimento econômico, ancorado nas exportações, que crescem 20% ao ano, o governo argentino alargou benefícios sociais, o que inclui uma espécie de bolsa família nacional, e ampliou seu salário mínimo em mais de 25%, em termos reais. A distância que separa Cristina dos opositores é tão grande que o jornal Clarín, na véspera das eleições, jogou a toalha, lamentando o que chamou de “oficialismo hegemônico”.

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Os 12 anos da era K

Cristina é também a sétima presidente depois do período de redemocratização na Argentina. Antes dela, os argentinos experimentaram Raul Alfonsín, derrotado para a inflação, Carlos Menem, que dolarizou a economia e depois fugiu do país para não ser preso, Fernando de la Rúa, que seguiu um receituário neoliberal e não conseguiu concluir seu mandato, presidentes provisórios que ocuparam o vácuo de poder, Eduardo Duhalde, que libertou o país ao desvalorizar a moeda, e Nestór Kirchner.

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Embora Nestór não tenha tido o ônus de desvalorizar a moeda – trabalho feito pelo antecessor – ele teve a coragem de romper com o Fundo Monetário Internacional. De la Rúa, que seguia as determinações do FMI e chegou até a convocar como “salvador da pátria” o ex-ministro Domingo Cavallo, para conquistar a confiança dos mercados, hoje é um pária em seu próprio país.

Néstor, que vinha de uma província distante e gelada, era tido pela imprensa de lá como um beócio, assim como Itamar Franco era tratado no Brasil. Quando rompeu com o FMI e fez com que a Argentina fosse demonizada pelos mercados, atendeu ao interesse nacional do seu país.

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Neste sábado, último dia de campanha, Cristina fez questão de homenagear o ex-marido.

Na Argentina, a era K já garantiu 12 anos de poder. E não há oposição visível no país.

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