Mais de 2 mil pessoas são pressas na França após morte de jovem por policial
Manifestações e distúrbios se espalharam pelo país, enquanto autoridades tentam conter a tensão
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247 - Nos últimos três dias, a França se viu mergulhada em uma onda de protestos e tumultos que assolaram diversas cidades do país após a morte de Nahel, um jovem de 17 anos com ascendência norte-africana, baleado por um policial durante uma parada de trânsito no subúrbio parisiense de Nanterre na terça-feira passada. As manifestações, marcadas por incêndios, saques e ataques a prédios públicos e estabelecimentos comerciais, resultaram em mais de 2 mil prisões, de acordo com o Ministério do Interior.
A morte de Nahel desencadeou uma série de manifestações em todo o país, que trouxe à tona questões latentes de discriminação, violência policial e racismo sistêmico, alegadas por grupos de direitos humanos e comunidades de baixa renda e racialmente diversas, que cercam as principais cidades francesas . Enquanto as autoridades negam essas alegações, as tensões continuam a aumentar nas ruas.
No domingo (2), menos de 160 pessoas foram detidas, um número significativamente menor em comparação às mais de 700 prisões registradas na noite anterior, e às mais de 1.300 na noite de sexta-feira (30). Durante os tumultos, três presos ficaram feridos e aproximadamente 300 veículos foram danificados pelo fogo, de acordo com dados provisórios divulgados pelas autoridades, destaca a CNN Brasil.
Nas últimas cinco noites, confrontos com as forças de segurança têm sido recorrentes, com epicentros de conflito em cidades importantes como Paris, Estrasburgo, Marselha e Nice. Para conter a gripe, o Ministério do Interior deslocou um contingente de até 45.000 policiais todas as noites, embora os distúrbios tenham sido principalmente restritos aos subúrbios, mas ocasionalmente se espalhando para áreas turísticas de destaque, como a avenida Champs-Élysées, em Paris.
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