Maioria dos combatentes do grupo Wagner são patriotas da Rússia, diz Putin

O presidente destacou que os organizadores do motim na Rússia traíram o país e seus seguidores

Presidente da Rússia, Vladimir Putin
Presidente da Rússia, Vladimir Putin (Foto: Sputnik/Mikhail Klimentyev)


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247 - A maioria dos combatentes da empresa militar privada Wagner são patriotas da Rússia e foram simplesmente usados, disse o presidente russo, Vladimir Putin, nesta segunda-feira (26), em um discurso aos cidadãos russos. As declarações vêm após o motim do grupo Wagner, encerrado no sábado (24), em um acordo mediado pelo presidente da Bielorrúsia, Alexander Lukashenko.

“Sabíamos que a grande maioria dos combatentes e comandantes do grupo Wagner também são patriotas russos, dedicados ao seu povo e ao seu Estado. Eles provaram isso com sua coragem no campo de batalha, libertando Donbas e Novorossiya, eles tentaram usá-los sem seu conhecimento contra seus irmãos de armas, com quem lutaram juntos pelo bem do País e de seu futuro”, disse Putin em seu discurso.

O motim teria sido reprimido em qualquer caso, disse o presidente russo.
"Enfatizo que, desde o início dos acontecimentos, foram imediatamente tomadas todas as decisões necessárias para neutralizar a ameaça que surgiu, para proteger a ordem constitucional, a vida e a segurança de nossos cidadãos. Uma rebelião armada teria sido reprimida de qualquer maneira", disse Putin.

O presidente destacou que os organizadores do motim na Rússia traíram o país e seus seguidores. Agradeceu todos os militares russos, policiais e serviços especiais que impediram o motim. >>> "Não interessa a ninguém uma Rússia debilitada”, diz Celso Amorim

"Agradeço a todos os nossos militares, policiais, serviços especiais que se colocaram no caminho dos rebeldes. Vocês permaneceram fiéis ao seu dever e ao povo", disse Putin.

A coragem e o auto-sacrifício dos pilotos heróis mortos salvaram a Rússia de consequências terríveis, acrescentou Putin. Putin também agradeceu aos soldados de Wagner que não participaram do motim. O presidente enfatizou que os participantes do motim queriam que os soldados matassem uns aos outros, que é o mesmo resultado desejado em Kiev.

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Putin também agradeceu ao presidente Lukashenko por sua contribuição para resolver a situação com a tentativa de motim. "Agradeço ao Presidente da Bielorrússia Alexander Grigoryevich Lukashenko por seus esforços e contribuição para a resolução pacífica da situação. Mas repito, foi a atitude patriótica dos cidadãos, a consolidação de toda a sociedade russa que desempenhou um papel decisivo. Este apoio nos permitiu superar os desafios mais difíceis... Obrigado por isso. Obrigado", disse Putin.

A organização paramilitar grupo Wagner ocupou um quartel-general do exército russo na cidade de Rostov-on-Don, no sul, na noite de sexta-feira (23). Antes disso, Prigozhin acusou o Ministério da Defesa da Rússia de atacar os acampamentos do grupo militar. O Ministério da Defesa da Rússia rejeitou a acusação, enquanto o Serviço Federal de Segurança da Rússia abriu um processo criminal contra Prigozhin por organizar um motim armado. Prigozhin disse que as forças do grupo Wagner estavam indo para a capital russa, Moscou. (Com informações da Sputnik). 

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